Caso Daniel completa quatro anos à espera de julgamento
O assassinato do jogador de futebol Daniel Correa completa quatro anos nesta quinta-feira (27). O crime, considerado um dos mais bárbaros da história do Paraná, ainda espera o julgamento. Segundo a assistência de acusação, a expectativa é que o júri aconteça no primeiro semestre de 2023.
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Edison Brittes Junior, assassino confesso, é o único que permanece preso. Outras seis pessoas estão envolvidas no crime e devem ir a júri no próximo ano.
Recentemente, Edison foi transferido de penitenciária, após supostamente ser vítima de tortura na prisão. “Chutes, socos, enforcamento, gás. Estou todo machucado, cheio de hematomas, ‘roxo’, todo quebrado, eles me isolaram sem luz e não me deixam fazer o exame no IML”, descreveu.
Relembre a morte do jogador Daniel
A morte do jogador Daniel Corrêa aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha do homem que confessou o crime. A comemoração começou em uma boate de Curitiba, na noite de 26 de outubro. Depois, continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) aponta que Daniel foi agredido antes de ser levado para um matagal. Brittes Junior alegou ter matado o rapaz após ter flagrado ele deitado na cama de Cristiana Brittes, mulher de Edison. O jogador enviou mensagens e fotos deitado ao lado dela para amigos. A mulher estava dormindo.
Daniel, que atuou no Coritiba, entre outros clubes, também foi esfaqueado e teve o corpo deixado em um matagal a 20 km da casa onde ocorreu a festa.
Corpo do jogador Daniel
Um morador da Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, encontrou o corpo do atleta em uma plantação de pinos. Além das várias marcas de violência, ele estava sem o pênis, o órgão genital foi decepado e pendurado em uma árvore.
De acordo com informações apuradas pela RICtv, enquanto a polícia investigava o crime, Edison teria determinado que todos da casa limpassem o imóvel e destruíssem o celular do jogador.
No dia seguinte o empresário teria marcado um encontro com todos em um shopping para combinar a versão que seria dada à polícia. A versão combinada não funcionou e Edison confessou o crime
“Arrombei a porta do meu quarto, quando eu abro a porta ele está em cima da minha esposa e ela gritando pedindo socorro. O que eu fiz, foi o que qualquer homem faria”, disse.
Réus que vão a júri e os crimes:
- Edison Brittes Junior: homicídio triplamente qualificado; ocultação do cadáver; corrupção de menor; e coação no curso do processo
- Cristiana Rodrigues Brittes: homicídio qualificado; fraude processual; corrupção de menor; coação do curso do processo
- Allana Emilly Brittes: fraude processual; corrupção de menor; e coação no curso do processo
- David Willian Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado; e ocultação do cadáver
- Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado; ocultação do cadáver; e corrupção de menor
- Ygor King: homicídio triplamente qualificado; e ocultação do cadáver
- Evellyn Brisola Perusso: fraude processual