O caso da morte da jovem Vitória Regina, de 17 anos, que foi brutalmente assassinada em Cajamar, São Paulo, ganhou uma atualização após a Justiça decidir manter a prisão de um dos suspeitos que está preso. A decisão aconteceu após o jovem passar por audiência de custódia neste domingo (9).

De acordo com a polícia, houve uma contradição e o homem identificado como “Maicol” pode ter sido desmentido pela própria esposa. O principal ponto, na visão dos investigadores, é o paradeiro de Maicol na noite em que Vitória desapareceu, dia 26 de fevereiro. Ele disse à polícia que estava em casa com a mulher. Ela, porém, nega e diz ter passado a noite na casa da mãe.
Segundo a juíza que decretou a prisão de Maicol, há “fortes indícios” de seu envolvimento no crime. Pesou na decisão da Justiça o fato de Maicol ser o dono do carro que foi visto na cena do crime, um Toyota Corolla. Além disso, há relatos dos vizinhos sobre movimentações suspeitas na casa do suspeito na noite em que Vitória desapareceu.
A Justiça autorizou buscas na casa e a quebra de seu sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos. A polícia havia pedido a prisão temporária de outro suspeito, mas a Justiça negou. Autorizou, porém, busca e apreensão em sua residência.
Caso Vitória: motivação do crime está em investigação
A motivação do crime ainda está sendo investigada. Existe a possibilidade de um crime passional por vingança, praticado por pessoas que se relacionaram com Vitória.
A polícia também supõe que o assassinato tenha acontecido para silenciar Vitória, que teria ameaçado revelar segredos íntimos de pessoas conhecidas. Nessa hipótese, alguém poderia ter “encomendado” a morte da jovem.
Os investigadores afirmam ainda que o suspeito pode ter envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A suspeita se apoia na forma como o corpo da jovem foi encontrado, com cabelos raspados, sinais de tortura e parcialmente esquartejado.
Vitória trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping, no centro de Cajamar. O pai costumava buscá-la no ponto de ônibus na saída do trabalho. No dia 26 de fevereiro, o carro da família estava quebrado e, por isso, ela fez sozinha o trajeto.
No caminho, enviou mensagens para uma amiga dizendo que estava com medo em duas situações diferentes. Na primeira, ela desconfiava de um grupo de homens no ponto de ônibus. Depois, quando eles embarcaram no coletivo, que tinha como destino o bairro Ponunduva, região de chácaras onde ela morava.
Segundo o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha no ponto Logo depois, parou de responder às mensagens e desapareceu.
O corpo da adolescente foi encontrado na quarta-feira (5), nu e em decomposição, com diversas marcas de violência. Ele foi localizado em uma trilha em uma região de mata do bairro de Ponunduva.
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