O principal suspeito do caso Vitória Regina, adolescente encontrada morta em Cajamar, teria confessado o crime à Polícia Civil na última terça-feira (18). A princípio, Maicol Antonio Sales dos Santos teria matado a menina para tentar esconder o caso romântico da esposa.

De acordo com Maicol, ele e Vitória teriam tido um caso romântico um ano e meio antes do crime, quando já era casado. Na época, a adolescente tinha entre 15 e 16 anos, enquanto o suspeito tinha entre 24 e 25. Ele teria relatado que a vítima teria ameaçado contar sobre a traição para sua esposa.
Sobre a noite em que Vitória desapareceu, Maicol afirmou que viu a jovem andando sozinha na volta do trabalho e ofereceu uma carona. Ela teria entrado no carro por vontade própria.
Em seguida, Maicol teria, novamente, pedido à Vitória que não falasse sobre o caso de traição para a esposa. Conforme a apuração do Cidade Alerta, seria então que a discussão entre os dois teria começado.
Maicol relatou que esfaqueou Vitória após a jovem o arranhar no pescoço e no braço. Desesperado para esconder as evidências, o suspeito teria jogado a faca em um rio e queimado os pertences da vítima, incluindo o celular. Ele também afirma que foi trabalhar no dia seguinte como se nada tivesse acontecido.
Confissão de suspeito de matar Vitória contradiz traços do caso
Entretanto, alguns detalhes da confissão de Maicol contradizem os fatos descobertos pela investigação. A principal divergência se dá pela forma como o corpo de Vitória foi descoberto.
Após matar Vitória, Maicol afirma que colocou o corpo no porta-malas do carro e a levou para uma área de mata, onde a enterrou em uma cova rasa. Contudo, o corpo não foi encontrado enterrado e nem apresentava vestígios de terra. De acordo com o suspeito, ele “não tem ideia” de quem a teria desenterrado.
Além disso, Maicol também alega não saber quem havia raspado a cabeça da garota, outra divergência. Por fim, a polícia também duvida do modo como Vitória foi morta, já que o veículo do suspeito não apresentava vestígios de sangue o suficiente no caso de facadas.
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