Foz do Iguaçu - Quase sete meses depois, os dois acusados de matar a jovem Zarhará Hussein Tormos, em fevereiro deste ano em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, seguem aguardando se vão ou não a julgamento pelo crime. A esteticista Pamela da Silva de Campos e o namorado dela, Bruno Martini Vieira, foram presos no dia 28 de março, suspeitos de matarem a estudante.

Caso Zarhara: possível motivação para morte de estudante
Pâmela e Bruno podem ir a julgamento pelo crime (Foto: reprodução)

De acordo com a nota encaminhada ao Portal Ric nesta segunda-feira (15), o Ministério Público, o assistente de acusações já apresentaram as alegações finais, restando somente a decisão da Juíza se o casal vai ser julgado ou não.

“Atualmente, o processo está concluso para a Juíza decidir se os réus serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. O Ministério Público, o assistente de acusação e a defesa do Bruno já apresentaram as alegações finais”, disse a nota.

Casal é preso suspeito de matar a jovem Zarhará

De acordo com a Polícia Civil (PCPR), Pamela conhecia a estudante desde 2023, quando firmaram uma parceria comercial. Zarhará que era atuante nas redes sociais contratou os serviços de estética da suspeita e fazia a divulgação. O acordo a princípio funcionava com pagamento em permuta e chegou a ser interrompido.

Durante as investigações, a polícia ainda descobriu que Zarhará estava recebendo ameaças no celular de um DDD de fora da cidade, mas vinculado à Pâmela.

A polícia identificou a digital de Pamela na fita adesiva que amarrava as mãos da jovem. Já Bruno, o namorado, é apontado como motorista do veículo preto que buscou a autora no local onde a estudante foi encontrada morta. Entretanto, ele negou o envolvimento no crime. O suspeito está preso de forma preventiva. 

Pamela e Bruno foram presos por envolvimento na morte de Zarhará Hussein Tormos, em Foz do Iguaçu.
A polícia ainda estuda se há um terceiro envolvido na morte da estudante (Foto: reprodução / RICtv)

Dia da morte 

Conforme o delegado Marcelo Pereira Dias, da PCPR, esteticista e pelo namorado abordaram a estudante ao sair da aula. O delegado acredita que o casal conduziu Zarhará até o local onde ela foi encontrada morta.

Em imagens de câmera de segurança divulgadas recentemente, a estudante aparece saindo da faculdade. Depois disso, ela desaparece e é encontrada morta em uma área isolada 2 dias depois.

Jovem foi encontrada morta dentro do próprio carro (Foto: reprodução / redes sociais)

Motivação para a morte da estudante em Foz do Iguaçu 

Conforme o inquérito da Polícia Civil do Paraná, a motivação da morte da estudante Zarhará Tormos ainda é um mistério. O delegado informou nas investigações que a motivação “continuará sendo explorada”. 

De acordo com o processo que apura a morte da estudante, existe a possibilidade da jovem ter sido assassinada por “rancor ou ciúmes” da esteticista. Mensagens de Pamela citadas no processo indicam um possível envolvimento de Zarhará com um homem casado, além de indícios de inveja profissional. 

“Uma policial civil, por sua vez, mencionou um “certo rancor” ou ‘raiva desproporcional’ de Pamela em relação a Zarhará, sugerindo uma possível inveja ou ciúme, talvez relacionado a comentários sobre a vítima se envolver com homem casado, embora a investigação não tenha encontrado provas que corroboram essas alegações ou desacertos comerciais que justificassem o crime”, disse o processo. 

Outra possível motivação para o crime considerada pelas investigações é a inveja profissional, já que Zarhará Hussein chegou a divulgar trabalhos da acusada nas redes sociais. 

Até o momento, a motivação do homicídio não foi totalmente esclarecida, mas os indícios apontam para uma combinação de ciúme, rancor e possível inveja profissional, ligada a relações pessoais e parcerias publicitárias entre vítima e acusada.

O caso segue sob investigação e aguarda definição da Justiça sobre a extensão da responsabilidade de cada envolvido.

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.