Coroinha morto a tiros era fotógrafo e catequista na igreja: “presente e generoso”

A morte do coroinha Gabriel Fernando dos Santos Lima, de 17 anos, comoveu a comunidade católica de Londrina, no Norte do Paraná. A arquidiocese da cidade divulgou uma nota nesta quinta-feira (26), lamentando a morte do adolescente.

Na nota, a Pastoral da Comunicação e o Setor Juvenil da Arquidiocese de Londrina informaram que Gabriel era atuante na comunidade como fotógrafo e participava do grupo de jovens da Paróquia São José, no distrito de Irerê. Além disso, era catequista e coroinha dessa mesma comunidade.

“Um jovem presente e generoso na comunidade, de amizades sadias com todos e, um grande testemunho de alegria para a sua família […] Os agentes da Pastoral da Comunicação e os grupos de adolescentes e jovens da arquidiocese se unem em oração pelo descanso eterno do Gabriel que plantou na comunidade paroquial e na arquidiocese um forte testemunho e as sementes da alegria, da generosidade e fidelidade à Igreja. E rezamos para que a Sagrada Família de Nazaré interceda, conforte e console o coração de seus familiares”, disse a nota.

Polícia investiga se coroinha foi morto por engano

Nesta quinta-feira (26), o delegado João Reis, que investiga o caso, apontou que uma das linhas de investigação é de que o adolescente tenha sido assassinado por engano, e que o verdadeiro alvo era o vizinho que morava nos fundos da casa da família.

“Verificamos se ele não tem uma questão de uma namorada, se tinha alguma questão passional, mas essa possibilidade é bem remota”, detalhou o delegado.

Segundo as investigações, o vizinho que morava na casa dos fundos do quarto de Gabriel tinha passagens pela polícia e envolvimento com o tráfico de drogas. Entre o quarto do coroinha, onde crime foi registrado, e a casa do vizinho, não há muro que separa as duas residências.

“Gabriel trabalhava, era coroinha da igreja, estudava, ou seja, não tinha envolvimento com drogas, chequei para verificar, não tinha. Já o vizinho dos fundos tem uma vida bastante torta e bem tumultuada. Inclusive algumas pessoas já queriam matar ele [o vizinho] em Tamarana, umas desavenças em Londrina, por isso estaria aqui em Irerê, para tentar se refugiar um pouco, escapar da confusão”, ressaltou o delegado Reis. “A principal linha de investigação é que o alvo seria o vizinho dos fundos e não o Gabriel”, disse ele.

Gabriel dormia no quarto dele, na casa da família, quando janela da residência foi aberta e o suspeito atirou várias vezes contra o adolescente. O coroinha chegou a ser socorrido e encaminhado para o hospital, mas não resistiu.

 A família contou que Gabriel era coroinha, participava do grupo de jovens da igreja em que frequentava, era fotógrafo da instituição e catequista.

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