O Tribunal da Coroa de Londres, na Inglaterra, iniciou nesta semana a apuração de fatos relacionados à criança encontrada morta esfaqueada em um berço ao lado da mãe. Keziah Macharia, de 43 anos, é acusada de matar o pequeno Kobi Dooly-Macharia, de quatro anos. A mulher foi considerada inapta para ser julgada criminalmente por causa de sua saúde mental.

Conforme o site Daily Mail, a situação ocorreu no dia 20 de dezembro de 2023. De acordo com a promotoria, Kobi apresentava múltiplas perfurações por objeto cortante e sinais de tentativa de estrangulamento. O corpo foi localizado por policiais no berço, ao lado de uma cama de casal. A morte foi confirmada às 00h06 do dia 21 de dezembro.
A juíza Thornton determinou que o caso seja analisado em uma “audiência de apuração de fatos”, procedimento judicial aplicado em casos nos quais a acusada é considerada sem condições legais de julgamento. Os jurados não devem considerar culpa ou intenção criminosa, mas apenas se a ré foi responsável pelos atos que resultaram na morte da criança.
Criança é encontrada morta após mulher ficar infeliz com relacionamento de ex
Segundo o promotor Mukul Chawla KC, Keziah Macharia iniciou relacionamento com Ben Dooly em 2018. O filho do casal nasceu em setembro de 2019. Após o nascimento, o relacionamento se deteriorou, e Dooly passou a dormir esporadicamente no sofá da residência. Posteriormente, ele iniciou um relacionamento com Sasha Sasheva, o que teria gerado conflitos com Macharia.
No dia da ocorrência, câmeras de segurança registraram Macharia buscando o filho na Escola Primária Nightingale por volta das 16h30. À noite, conforme relatado à corte, a acusada teria consumido bebida alcoólica, embora não se saiba em que quantidade.
Às 22h42, Macharia enviou uma mensagem para Ben Dooly com despedidas e menções à nova parceira dele. Às 22h48, ela enviou mensagens adicionais dizendo que o filho estava morto, responsabilizando Sasha Sasheva pelo ocorrido. Mensagens semelhantes foram enviadas a outras pessoas, incluindo um grupo recente no WhatsApp criado por uma mulher identificada como Reena Life.
Mulher admitiu matar filho
Reena Life, que estava em chamada com Macharia no momento da chegada da polícia, relatou que a acusada admitiu ter cometido o ato. Policiais entraram no imóvel às 23h após arrombarem a porta. Encontraram Macharia sentada no chão, com roupas sujas de sangue. Uma faca foi vista próxima a ela.
Durante a prisão, a mulher teria dito à polícia que tentou se ferir e ingerir substâncias em excesso. Nenhum ferimento grave foi registrado. A ré foi encaminhada à delegacia de Stoke Newington e, segundo o promotor, demonstrava comportamento alterado, com momentos de choro e declarações de arrependimento.
A investigação prossegue e a audiência de apuração de fatos busca esclarecer a responsabilidade material da acusada no episódio. A definição de culpa penal não está prevista neste processo, em função do quadro de saúde mental de Keziah Macharia.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!