Família diz que corpo carbonizado é de jovem que estava sendo ameaçado
A companheira de um jovem, de 24 anos, que era morador de uma invasão no bairro Tatuquara, em Curitiba, e que estava sendo ameaçado, acredita que seja dele o corpo encontrado carbonizado no porta-malas de um carro na noite de terça-feira (23). Segundo a mulher, o rapaz foi baleado durante a tarde e colocado em um Monza – mesmo veículo em que o cadáver foi localizado.
De acordo com a Polícia Civil de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, cidade em que o veículo em chamas foi encontrado, a vítima estava amarrada e foi usado muito combustível para incendiar o automóvel. Os policiais ainda aguardam o resultado do exame de DNA do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a identidade da vítima.
Conforme a mulher, ela estava em casa quando ouviu o barulho de tiros e, ao chegar na rua, foi informada que o companheiro tinha sido baleado e colocado em um carro.
“Eu cheguei do serviço e estava conversando com a minha irmã sobre umas coisas que estavam acontecendo, a gente estava comentando sobre ele. Nisso que a gente estava conversando, escutei mais ou menos uns cinco tiros, que foi o que eu escutei, teve gente que falou que foram mais, eu não cheguei a escutar porque eu larguei tudo e saí correndo, fui lá para baixo. E chegando lá, ele não estava mais lá, só estava o povo falando que tinham levado ele, que tinham colocado ele no Monza e tinham levado, saíram aqui da invasão com ele. E nisso de madrugada, mais ou menos uma hora da manhã, eu fui ficar sabendo do carro na Fazenda Rio Grande”,
disse a mulher.
Ela acredita que o crime possa estar relacionado ao local de invasão em que moravam há cerca de seis meses, no bairro Tatuquara. O casal residia anteriormente em São José dos Pinhais, mas o rapaz teria ficado desempregado e, sem conseguir pagar o aluguel, se mudou com a família para o bairro Tatuquara, em Curitiba. Nos últimos dias, no entanto, o jovem teria apresentado um comportamento estranho e a mulher acredita que ele estava sendo ameaçado.
“Ele falou que estava com medo de andar na rua sozinho. Ele falou, só que ele não falou quem que era, ele só queria sair de perto de mim e da filha dele para afastar a gente, ele não falou porquê. Ele pediu desculpas para todo mundo que ele tinha brigado, para mim ele veio e pediu desculpas, eu não sei o que aconteceu, ele não quis me falar”,
relatou ela.
O carro em que a vítima estava, um Monza, está com a documentação em dia e no nome de uma moradora do bairro Tatuquara. A comerciante foi procurada pela equipe da RIC Record TV e disse que vendeu o carro para um vizinho, que teria repassado para outra pessoa. Ela, no entanto, não transferiu o veículo para o comprador.