Guarda Municipal entrega arma utilizada para matar cliente em bar no Pilarzinho
O Guarda Municipal suspeito de matar um homem e balear outro durante um desentendimento em um bar, na região do Pilarzinho, em Curitiba, retornou à delegacia neste sábado (18). Na tarde de ontem (17), pouco mais de 24 horas após o crime, o agente já tinha se apresentado na sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entretanto, retornou nesta manhã para entregar a arma utilizada.
“Ele ficou em silêncio, à exceção de que concordou em apresentar a arma utilizada por ele no dia 16 de junho. Então ele confirma que é o autor dos disparos, no entanto, deseja permanecer em silêncio”,
esclareceu a delegada Tathiana Guzella.
Assim como na primeira vez, novamente o suspeito permaneceu em silêncio. Entretanto, a advogada Thaise Mattar Assad, que representa o Guarda Municipal, revelou detalhes do dia do crime.
“No primeiro momento ele se reservou ao direito de ficar em silêncio e vai sim esclarecer a situação. Mas já adianto que não há nada relacionado a briga de casal, é uma situação diferente. Eu recomendo que não exista um prejulgamento, porque a situação vai ser esclarecida”,
contou Thaise.
A princípio, foi relatado que Adriano Honorato Moraes e David Dias Coutinho, este último proprietário do bar, tentaram separar uma briga de casal quando foram surpreendidos pelos disparos do suspeito. Adriano, que era um cliente do estabelecimento, foi atingido por um tiro e não resistiu. Já David, que também foi baleado, foi encaminhado ao hospital em estado grave.
Câmeras de segurança instaladas na região flagraram o momento em que o Guarda Municipal e a companheira fogem, assista:
O crime
Ao perceber uma briga de casal do lado de fora de um estabelecimento comercial no bairro Pilarzinho, em Curitiba, o dono de um bar e um cliente foram até os dois para evitar agressões contra a vítima do sexo feminino. Entretanto, o homem atirou e um deles morreu no local.
De acordo com informações, o casal estava discutindo por volta das 2h desta quinta-feira (16). O bar em que as vítimas estavam fica na rua São Salvador, próximo ao local, por isso, as vítimas foram até o casal.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Paraná (PCPR), assumiu as investigações do caso.
“Temos um duplo homicídio, uma pessoa faleceu, o Adriano, e temos uma outra pessoa que foi atingida, ou seja, tinha potencial pleno de ter sido morto. Outras pessoas presentes no ambiente também poderiam ter sido atingidas, então temos o perigo comum como sendo uma das qualificadoras, deste futuro indiciamento”,
comentou delegada Tathiana.
Um dia após o crime, o principal suspeito se apresentou com uma advogada, porém, não foi preso.
“Ele não foi preso quando se apresentou ontem (17), porque já não havia mais os requisitos da prisão em flagrante de delito, então quando ele se apresentou não poderia ficar preso. Todavia, a investigação está começando. Muitas pessoas serão ouvidas nos próximos dias […] Com base em mais elementos, talvez esta autoridade policial, represente pela prisão ou não”,
finalizou Tathiana.