Um homem de 47 anos foi executado na tarde deste domingo (20), em um condomínio localizado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). De acordo com a Guarda Municipal (GM), a vítima foi identificada como Anderson da Silva.

Conforme informações apuradas pela Banda B, Anderson ficou conhecido entre os moradores por tentar resolver conflitos internos no condomínio, uma área considerada de alta periculosidade pela segurança pública. Segundo informações da Guarda Municipal, o homem foi executado no momento em que saía de casa em direção a uma mercearia.
Homem executado em condomínio foi algo de intimidações um dia antes do crime
O coordenador da Guarda Municipal, Catini, relatou que, na noite anterior ao homicídio, Anderson já havia sido alvo de intimidações.
“Alguém andou chutando a porta do apartamento na data de ontem [sábado] na madrugada, como se tivesse amedrontado. Nessa madrugada novamente parece que teve alguns chutes na porta e houve barulhos de disparos de arma de fogo também aqui pela localidade. De repente isso era um aviso né, mas talvez ele não levou a sério”, declarou.
O ataque foi direto e letal. Anderson foi atingido por dois disparos no rosto.
“Foi alvejado por dois disparos na face. A gente sempre entende que disparo na face é para uma execução mesmo, para não sobreviver”, explicou Catini.
Homem executado em condomínio tinha antecedentes criminais
Segundo a apuração preliminar da GM, Anderson tinha antecedentes por violência doméstica e ameaça. Não havia registro de envolvimento em crimes considerados hediondos, como homicídio.
Testemunhas relataram aos agentes que Anderson vivia no condomínio havia cerca de três anos, desde que se mudou de Londrina. O histórico de conflitos com moradores e o comportamento considerado desafiador diante do cenário local podem ter contribuído para o desfecho.
“Aqui ainda impera a lei do silêncio, né? O pessoal não quer falar muito, porém as primeiras informações que obtivemos é que é um rapaz aí que já está aqui no Serra do Mar aproximadamente há uns três anos morando. A última residência dele era em Londrina e ao chegar aqui em São José dos Pinhais, morando aqui no condomínio Serra do Mar, tudo leva a crer aqui, conforme as informações, que ele era uma pessoa como que dá pra chamar assim como se fosse um ‘justiceiro’”, disse o guarda à Banda B.
Ainda segundo a GM, o comportamento de Anderson pode ter desagradado pessoas envolvidas com atividades ilícitas na área.
“Ele estava, parece que querendo comprar briga dos outros, querendo resolver alguns problemas e com isso acabou criando alguma inimizade aqui dentro […]. Talvez ele não tinha ainda um conhecimento aqui do Serra do Mar, aqui do local, onde tem pessoas um pouco mais violentas ou até perigosas, e acabou tentando manter uma ordem ou tentar comprar briga e deu no que deu”, acrescentou o coordenador da GM.
A Guarda Municipal reforçou que conta com o apoio da população para dar continuidade às investigações. Os moradores que estavam no local no momento do crime preferiram não prestar depoimento imediato, o que, segundo os agentes, é comum na região.
“No momento aqui no local as pessoas acabam imperando a lei do silêncio. Porém algumas pessoas ligam para a gente e a gente pede que tenha essa informação tanto para a Guarda Municipal quanto para a Polícia Civil que é a polícia que vai fazer as investigações. Para a gente tentar manter um ambiente sadio o melhor possível que seja, a gente necessita dessas informações”, disse Catini.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 153 (Guarda Municipal) e 181 (Disque-Denúncia).
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