A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu, nesta quinta-feira (8), um homem de 27 anos suspeito de matar Peterson Freitas dos Reis, de 24 anos, que teria suposto vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC) . O crime aconteceu no dia 27 de setembro, em uma distribuidora de bebidas em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo o delegado Thiago Andrade, responsável pelas investigações, a prisão preventiva foi decretada por causa do histórico criminal do suspeito e pelo risco de novos crimes.
“Houve a decretação da prisão preventiva em desfavor do autor, representada por esta autoridade policial. Informamos hoje, em sede de depoimento, sobre o mandado, já que ele ainda não tinha conhecimento. Entendemos que havia um risco à ordem pública, pois ele tem uma vasta ficha criminal e representa perigo à sociedade”, afirmou o delegado.
Homem preso por matar membro do PCC na Grande Curitiba confessou o crime à Ric RECORD
Antes de ser preso, o suspeito já havia confessado o homicídio em entrevista à Ric Record. Na ocasião, afirmou que estava recebendo ameaças do irmão da vítima, que atualmente é namorado de sua ex-companheira. Segundo ele, as ameaças vinham de pessoas com antecedentes criminais e supostos vínculos com o PCC.
Ele contou que passou a carregar uma faca por medo de ser atacado, mas acabou utilizando a arma durante uma discussão na distribuidora. Apesar da justificativa, a polícia considerou o caso como homicídio doloso, com intenção clara de matar, descartando legítima defesa.
“Eu fiz o que fiz para me defender. Eles são conhecidos na vila como matadores e bandidões. Eu desci para comprar uma cerveja e encontrei eles na distribuidora. Eles já vinham me ameaçando, mandando foto de arma, já passaram dando tiro na frente da minha casa. Desde que comecei a ser ameaçado, eu passei a andar com a faca. Eles me encurralaram e cercaram. Quem fez tudo fui eu”, declarou o suspeito.
Defesa de suspeito alega legítima defesa
O advogado Cláudio Dalledone, que representa o acusado, sustenta a tese de legítima defesa.
“Não se trata de justiça com as próprias mãos. Ele era vítima constante desta quadrilha de criminosos. Ele estava de folga quando foi cercado por esse bando de marginais. Ele matou para não morrer”, afirmou o advogado.
O autor permanece preso e à disposição da Justiça.
*Com supervisão de Jorge de Sousa
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