Uma mulher, identificada como Maureen Rickards, de 50 anos, foi condenada à prisão perpétua, com pena mínima de 21 anos e 10 meses, pelo assassinato de seu marido, Jeremy Rickards, de 65, em Canterbury, Kent, no Reino Unido. O crime ocorreu em 2023, e o corpo foi descoberto cerca de um mês depois, enterrado no jardim da residência do casal.

Mulher de óculos na esquerda e homem sério à direita
Maureen Rickards à esquerda e Jeremy Rickards à direita (Foto: Polícia de Kent)

Mulher esfaqueou marido cinco vezes no peito

Segundo informações apresentadas no Tribunal da Coroa de Canterbury, a vítima foi esfaqueada cinco vezes no peito. Um dos golpes perfurou os ossos do tórax. Antes do crime, o marido já apresentava sinais de agressões anteriores, como fraturas nas costelas e lesões no rosto. O laudo de necropsia também indicou marcas de estrangulamento ocorridas semanas antes da morte.

De acordo com os promotores, Rickards manteve o corpo do marido em um armário do quarto, depois o envolveu em sacos de lixo, colocou-o em uma mala e enterrou no jardim, sob restos de grama cortada. O desaparecimento de Jeremy foi registrado por familiares no início de junho. A última vez que ele foi visto com vida foi no dia 7 daquele mês.

Policiais sentiram odor vindo do quintal

A descoberta do corpo ocorreu em 11 de julho, quando policiais que investigavam o caso notaram um odor característico vindo do quintal. Rickards foi inicialmente presa por fraude, após usar os cartões bancários do marido para compras diversas, incluindo alimentos e produtos de limpeza. Ela alegava que ele havia viajado para a Arábia Saudita, informação que levantou suspeitas entre familiares, especialmente após uma mensagem enviada supostamente por Jeremy.

Durante a investigação, foram encontradas gravações no telefone de Rickards nas quais ela insultava o marido, que aparecia desorientado. Em uma das gravações, ela expressava intenção de agredi-lo e matá-lo. O tribunal foi informado de que Jeremy foi visto por testemunhas com cortes na testa, olhos roxos e outros sinais de violência pouco antes do desaparecimento. Um taxista e funcionários de um pub relataram que ele aparentava estar ferido e enfraquecido.

Após a prisão definitiva, Rickards questionou os policiais sobre a acusação de homicídio, negando conhecimento sobre o paradeiro do corpo. Exames forenses encontraram vestígios de DNA da vítima em manchas de sangue no carpete da casa e também no saco plástico usado para embrulhar o corpo. Havia ainda traços do DNA da própria acusada nos mesmos materiais.

O promotor Nick Corsellis afirmou que a ré submeteu o marido a um padrão de violência doméstica contínua, que se intensificou nos dias que antecederam o crime. James Fisher, do Ministério Público da região sudeste, afirmou que a acusada tentou encobrir o crime com mentiras e ocultação do corpo.

Rickards não compareceu presencialmente à audiência de sentença. Conectada por videoconferência do presídio de Bronzefield, ela informou que não havia se alimentado e não pôde continuar acompanhando a sessão. O juiz Tim Kerr determinou a sentença com base nas evidências reunidas, descrevendo o caso como de homicídio deliberado após um longo período de maus-tratos.

A Polícia de Kent informou que o caso foi encerrado com a condenação e declarou que os pensamentos da corporação estão com os familiares da vítima.

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Jonathas Bertaze

Repórter

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.