Nataly Helen Martins Pereira foi indiciada por homicídio e outros crimes pela morte da adolescente grávida Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, em Cuiabá, no Mato Grosso. Ela confessou o crime e que a motivação era para ficar com o bebê da vítima.

De acordo com a Polícia Civil, a Nataly simulou por meses uma gravidez, utilizando exames falsos e fotos adulteradas para enganar os familiares. Além disso, ela foi indiciada pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado pelo motivo torpe, emprego de asfixia, meio insidioso ou cruel, com traição e dissimulação – recurso que impossibilitou a defesa da vítima e com a finalidade de assegurar a subtração de recém-nascido, garantindo sua impunidade; além de ocultação de cadáver e por registrar como próprio um parto alheio e uso de documento falso.
Conforme as investigações, provas foram coletadas pela perícia que apontam para marcas de asfixia e corte na barriga da vítima. A causa da morte da adolescente grávida, segundo o laudo, foi choque hipvolêmico hemorrágico, ocorrido após o procedimento para retirar o bebê do ventre da mãe.
Além disso, o inquérito da polícia concluiu que Emelly estava viva quando o bebê foi retirado do ventre. A informação foi confirmada pelos exames da Polícia Científica.
O delegado Michael Mendes Paes disse que um outro inquérito foi instaurado para apurar o envolvimento do irmão, do marido e de um amigo de Nataly Helen no assassinato da adolescente grávida.
“As investigações seguem em andamento para apurar se eles teriam ou não auxiliado a autora de alguma forma, em algum momento dos crimes praticados por ela, assim como para individualização das possíveis condutas praticadas”, disse o delegado.
O crime
A jovem sumiu após sair de casa, em Várzea Grande, para buscar roupas de doação para a bebê, na casa de uma mulher, em Cuiabá. Emilly estava desaparecida desde quarta-feira. A mãe da vítima tentou entrar em contato, mas não foi atendida.
Nataly já havia publicado vídeos nas redes sociais sobre a suposta gravidez, e em fevereiro, postou um vídeo indicando que estava perto de dar à luz. Meses antes, a suspeita divulgou um vídeo da revelação do sexo da bebê.
“Para executar o crime, a mulher atraiu Emelly com promessas de doações de roupas e a levou para uma casa no bairro Jardim Florianópolis, pertencente ao seu irmão, local onde matou e ocultou o corpo da menor.
Na casa, os policiais encontraram o corpo da adolescente enterrado em uma cova rasa, com parte da perna visível”, disse a polícia em nota.
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