O adolescente de 14 anos que matou o pai, a mãe e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no último sábado (21), no Rio de Janeiro, foi apreendido e vai responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver. O jovem contou à polícia que matou a família porque os pais eram contra o namoro virtual que ele tinha e não o autorizaram a viajar para conhecer a adolescente de 15 anos.

Policiais em cena do crime e foto da família reunida
O adolescente prestou depoimento e confessou o crime (Foto: Polícia Civil do RJ/Facebook)

Conforme as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o menino planejava sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do pai, após a morte dele, e usar o dinheiro para viajar até o Mato Grosso, onde visitaria a namorada.

Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, tinha R$ 33 mil depositados no FGTS. A polícia já constatou que o filho sabia o saldo do pai e pesquisado como sacar o FGTS de pessoas mortas.

Adolescente mata pais e irmão: pesquisa de “como falsificar autorização de viagem”

O adolescente também pesquisou maneiras de falsificar uma autorização de viagem interestadual em empresas de ônibus.

Essas proibições (de viagem) e o desagrado dos pais em relação ao relacionamento virtual dele com a menina de outro Estado parecem ter sido fatores importantes. Foi isso que ele nos contou, pelo menos. No entanto, também existe a possibilidade de que a motivação tenha sido a ganância, já que ele sabia que o pai teria uma quantia significativa a receber do FGTS. Tudo isso está sendo investigado”, disse à imprensa nesta quinta-feira o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143ª DP (Itaperuna).

A adolescente de 15 anos que mantinha o namoro virtual com o jovem de Itaperuna foi localizada pela polícia. Ela mora em Água Boa, município de 30 mil habitantes de Mato Grosso, situado a mais de 700 km da capital Cuiabá.

“Nada impede de ela ter participado virtualmente. Se ela participou virtualmente, de forma a induzir, quer dar ideia ou instigar, quer reforçar a ideia da prática desses crimes, ela pode responder pelos meios devidos”, afirmou o delegado.

Como foi o crime?

No sábado (21), o adolescente esperou os pais e o irmão de 3 anos dormirem, pegou a arma que havia em casa, que era registrada em nome do pai, autorizado a mantê-la como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e matou os três.

Depois, espalhou um produto químico pelo chão e arrastou os corpos do quarto do casal para a cisterna da casa, onde depositou os cadáveres.

No domingo (22), e na segunda-feira (23), parentes perguntaram ao adolescente pelos pais e pelo irmão, e ele contou que o irmão havia engolido um caco de vidro e tinha sido levado ao hospital pelos pais. Mas nenhuma unidade de saúde da região tinha registro de atendimento, então na terça-feira (24), uma avó e um tio do adolescente comunicaram o desaparecimento à polícia.

Na quarta-feira (25), a polícia foi até a casa do adolescente para realizar uma perícia e encontrou manchas de sangue no colchão do casal, roupas ensaguentadas e, em uma bolsa, os celulares dos pais do adolescente. Ao sentirem um cheiro forte, os policiais verificaram a cisterna e encontraram os corpos.

O adolescente prestou depoimento, confessou o crime, segundo a Polícia Civil, e vai responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver.

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Eduardo Teixeira

Repórter

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.