O casal José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 anos, foi assassinado a tiros, no sítio das vítimas, em São Pedro, no interior de São Paulo. Um casal de advogados e os suspeitos do crime foram presos.

Casal estava no sítio quando foi assassinado a mandos dos advogados
Casal estava junto há mais de 20 anos (Foto: reprodução / redes sociais)

De acordo com a agência Estadão, Ometto e a esposa foram mortos no dia 6 de abril deste ano. Um vizinho estranhou que a picape Fiat Toro do casal estava estacionado em frente a casa do sítio, mas não havia movimentação no local. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o empresário, o homem morto com tiros no peito e a mulher na caçamba do veículo.

Conforme a polícia, o corpo de Rosana estava com ferimentos de tiro no lado esquerdo do peito. A caçamba da picape onde ela foi encontrada estava fechada com uma lona.

Além disso, as carteiras, celulares e outros pertences das vítimas do casal assassinado foram levados. Por isso, a Polícia Civil tratou o caso inicialmente como um latrocínio, mas a hipótese foi descartada.

Casal morto a tiros em sítio: investigadores chegam aos suspeitos e advogados mandantes do crime

Durante as investigações, a polícia descobriu que os suspeitos do crime são Carlos César Lopes de Oliveira, de 57 anos, conhecido como ‘Cesão’, e Ednaldo José Vieira, de 54, o ‘Índio’, que foram presos em São Carlos e Praia Grande.

Depois disso, durante a análise do celular da dupla, chegaram aos nomes dos advogados Hércules Praça Barroso, de 47 anos, e Fernanda Morales Teixeira Barroso. Eles foram presos na terça-feira (17).

Advogados foram apontados como mandantes da morte do casal
Advogados foram presos nesta terça-feira (17) (Foto: reprodução / redes sociais)

Conforme as investigações, o motivo do crime seria que os advogados queriam ficar com o patrimônio do casal assassinado. Os mandantes atuavam como advogados do casal há mais de 10 anos e se apropriaram de R$ 12 milhões em imóveis das vítimas.

Além disso, o casal de advogados teria falsificado boletos bancários para cobrar custas inventadas, com valor aproximado de R$ 3 milhões. Totalizando R$ 15 milhões.

A polícia acredita que o casal foi morto para que não alterasse a titularidade dos bens. Eles não tinham filhos, nem outros herdeiros. Os investigados devem responder por homicídio qualificado, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver.

O advogado de Hércules e Fernanda, Reginaldo da Silveira, diz que as provas são frágeis e que vai provar a inocência do casal.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que o caso é acompanhado pela subseção de São Carlos e que o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) adotará as medidas de apuração cabíveis.

Quem era o casal assassinado

Pavan era de uma família tradicional do ramo de açúcar. O pai dele era um dos sócios da Usina Santa Cruz. O empresário morto se destacou na prestação de serviços de fabricação e venda de peças de tornearia. Além disso, era proprietário de um sítio voltado para criação de gado.

Já Rosana era diretora do Educandário da Criança, escola infantil tradicional, localizada na Vila Santana, em Araraquara. Ela administrava a escola desde a década de 1990. O casal estava junto há 20 anos. 

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.