O laudo de DNA realizado a partir do sangue detectado no carro do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, que foi encontrado morto no Autódromo de Interlagos, identificou mais um perfil. Além do sangue do homem, também foram encontradas amostras de uma mulher, até então não identificada.

empresário morto em Interlagos
O empresário estava no Autódromo de Interlagos para participar de um evento com motos (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Até o momento, nenhum suspeito pelo crime foi identificado. Entretanto, a polícia acredita que Adalberto tenha sido atacado por mais de uma pessoa. No dia do evento, 30 de maio, mais de 180 pessoas estavam trabalhando, entre homens e mulheres.

Empresário encontrado morto em Interlagos teria sido asfixiado

Como o laudo da autópsia confirmou a asfixia como causa da morte, a polícia acredita que a hipótese de que o empresário tenha morrido em decorrência de uma briga é a mais crível. A investigação retomou a oitiva de seguranças que trabalharam no evento e faz um pente fino nas imagens de câmeras instaladas no autódromo. Diante do laudo, a linha de investigação do inquérito foi alterada para homicídio.

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Um amigo do empresário, que estava com ele em Interlagos, afirmou que Adalberto usou maconha durante o evento (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O empresário foi ao Autódromo de Interlagos, no dia 30 de maio, para participar de um evento com motos. Como não chegou em casa após o evento, a esposa denunciou o desaparecimento à polícia. O corpo dele foi encontrado na manhã do dia 3 de junho por um trabalhador do autódromo dentro de um buraco.

Conforme a investigação, é provável que Adalberto tenha sido imobilizado por mais de uma pessoa, o que explicaria também o fato de ter sido encontrado sem as calças e o par de tênis que usava. Enquanto uma pessoa o continha com um golpe de mata-leão – o braço em torno do pescoço, exercendo pressão -, a outra o segurava pelas pernas. Um dos laudos apontou uma lesão no joelho, uma escoriação que teria ocorrido com ele ainda vivo.

A análise do material colhido sob as unhas da vítima pode confirmar se houve a briga, já que normalmente a reação da vítima causa arranhões no agressor. Também foi recolhido material genético – pelos e vestígios de pele – nas roupas e no corpo do empresário e os laudos estão em elaboração.

Outra questão que ainda precisa ser respondida é o paradeiro da calça jeans e dos tênis do empresário. Uma calça encontrada próxima ao local não foi reconhecida como sendo dele. É possível que as peças tenha sido levadas pelos agressores e, provavelmente, destruídas.

O depoimento do amigo de Adalberto, Rafael, de que ele havia ingerido bebidas e usado maconha durante o evento foi contrariado pelo resultado do exame toxicológico, que deu negativo. No entanto, o tempo decorrido entre a morte e a coleta do material, de cerca de três dias, pode ter eliminado os vestígios de álcool no sangue. Ele não é considerado suspeito, mas uma testemunha do crime, segundo a polícia.

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Mariana Gomes

Repórter

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.