por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RICtv

A delegada Tathiana Guzella, que investiga a morte do professor de Português Onírio Carlos Silvestre, deu mais detalhes sobre o caso nesta quarta-feira (22). Segundo ela, o suspeito, Luís Felipe Messias Costa, que está sendo procurado pela Polícia Civil, tinha um relacionamento com a vítima há cerca de três anos e era “bancado” por Onírio, com um histórico de exploração financeira.

Segundo a polícia, no dia do crime, houve uma discussão por causa de dinheiro, depois que o professor percebeu que pertences e alguns valores estavam sumindo do apartamento.

“Esse relacionamento girava em torno de três anos, mas era um relacionamento mais esporádico, o autor não convivia sempre, todos os dias. Ele vinha de Ponta Grossa patrocinado pelo professor, então quando o professor pagava, ele vinha e ficava alguns dias ali, e isso se estendeu de dois a três anos segundo as testemunhas […]. Nós temos um histórico de longa data de exploração financeira, inclusive dias antes da morte o professor havia se queixado para amigos próximos de que estaria sumindo dinheiro do seu lar, teria sumido dois notebooks e outros pertences”,

descreveu a delegada.

Thatiana acredita que, pelo histórico trazido pelas testemunhas, “pode ter ocorrido uma briga anterior devido a essas questões financeiras que o professor vinha se manifestando” e que isso pode ter sido a motivação do autor, mas somente ele poderá dar sua versão do que aconteceu.

Após matar o namorado com uma facada no peito em um apartamento no Centro de Curitiba na quarta-feira (15), Luís furtou cartões de crédito, o celular e o carro da vítima, um Ônix vermelho, e fugiu para Ponta Grossa, segundo as investigações. O corpo do professor só foi localizado no domingo (19), quando vizinhos sentiram um forte odor vindo do apartamento da vítima.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Luís chegou a se passar por Onírio e respondeu algumas mensagens que chegaram no celular que o suspeito havia furtado do professor. Antes de sair do apartamento, Luís também tirou o telefone fixo da vítima do gancho, para dificultar o contato de familiares. Ainda, a polícia afirma que o suspeito tinhas as senhas dos cartões de crédito do professor e que teria os usado durante estes dias em fuga.

Suspeito tirou o telefone do gancho para dificultar contato de familiares (Foto: Polícia Civil)

“Depois do homicídio, teve o furto das coisas da vítima e confirma a informação de que havia um histórico de exploração financeira do autor para com a vítima também. Além de responder as mensagens que chegavam, isso depois das 11 da noite do dia 15, quarta-feira da semana passada, ele também fez outros trajetos em Curitiba, que nós já temos essas informações materializadas pelos radares, foi até Ponta Grossa, a gente acredita que ele não esteja mais em Ponta Grossa”,

explicou Guzella.
Carro da vítima foi furtado pelo suspeito e visto em Ponta Grossa (Foto: Polícia Civil)

A polícia acredita que o suspeito possa estar em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catarina, onde tem amigos.

Ainda, outro detalhe inusitado é que o suspeito pichou na parede do apartamento onde a vítima morava a frase em inglês “I love you”, que significa “Eu amo você”. “Um coração escrito ‘I love you’. A gente não sabe se essa pichação em tons de rosa ocorreu depois do crime, ocorreu antes do crime, mas as pessoas [testemunhas] informam que não estava lá em momento anterior, então a gente acredita que pode ter sido inclusive depois do ato criminoso”, disse a delegada.

(Foto: Polícia Civil)

Luís está foragido e sendo procurado pela polícia por homicídio. Denúncias e informações sobre a localização do suspeito podem ser repassados para a Polícia Civil através do 197 ou pelo 0800-643-1121.

22 dez 2021, às 13h25.
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