Suspeito preso por morte de professor revela briga e alega legítima defesa
O suspeito de matar o professor Onírio Carlos Silvestre foi ouvido na manhã desta quinta-feira (23) por investigadores da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba. Segundo a delegada Tathiana Guzella, o jovem Luís Felipe Messias Costa confessou que matou o companheiro. Entretanto, revelou que pouco antes houve uma briga e ele agiu em legítima defesa.
“Ele é réu confesso, algumas informações prestadas são contraditórias, mas foram esclarecidas. Ele disse que foi uma briga, que a vítima estaria atacando ele com uma faca. Mas pelo estado da vítima, acreditamos que isso não tenha acontecido”,
contou Tathiana.
O suspeito, que era considerado foragido, se apresentou à polícia nesta quarta-feira (22) em Ponta Grossa. O indivíduo foi transferido para Curitiba e prestou depoimento. Logo na sequência, Luís Felipe foi encaminhado a Central de Triagem e depois será levado para o sistema prisional.
A prisão preventiva foi decretada e não há previsão de soltura.
Detalhes do crime
Na saída da delegacia, Luis Felipe não conversou com a imprensa e após vários questionamentos respondeu apenas uma pergunta. Quando questionado sobre a pichação dentro do apartamento do professor, o rapaz confirmou que foi ele, entretanto, não teria sido no dia do crime.
Segundo a delegada, Luís contou que fez a pintura da parede foi feita um dia antes do crime. O rapaz ainda revelou que não havia premeditado o assassinato.
A delegada ainda esclareceu que, provavelmente, o professor morreu por conta da facada. Informações preliminares indicavam que a vítima estava com um pano na boca, entretanto, Tathiana disse que o objeto estava ao lado do corpo e não caracterizava asfixia.
“Esse pano na boca não existiu e ele não foi encontrado com as mãos amarradas”,
reforçou Tathiana.
Carro vendido por R$ 600
De acordo com a investigação, após matar Silvestre, o suspeito teria furtado cartões de crédito, o celular e o carro da vítima, um Ônix vermelho, e fugido para Ponta Grossa, nos Campos Gerais, cidade em que reside. Nesta quinta-feira (23), a Polícia Civil informou que Luís vendeu o carro da vítima por R$ 600, após anúncio por R$ 500.
“O comprador alegou que o valor era muito baixo, por isso pagou R$ 600”,
contou Tathiana.
O carro da vítima foi encontrado incendiado na noite desta quarta-feira (22).