Viúva suspeita de encomendar morte de marido para PM amante se entrega no Paraná
A suspeita de encomendar a morte do próprio esposo, o fazendeiro Ailton Braz Paião, 54 anos, se entregou espontaneamente, acompanhado de um advogado, à Polícia Civil de Londrina, no norte do Paraná, nesta quinta-feira (24).
Elisângela Silva Paião, de 47 anos, tinha mandado de prisão preventiva em aberto por suspeita de planejar a morte do marido, que foi executado pelo policial militar Marcos Francisco do Nascimento, 30 anos, amante da fazendeira, que tirou a própria vida depois de cometer o crime, no interior de São Paulo. O crime aconteceu no final de setembro.
Segundo o setor de comunicação da Polícia Civil de Presidente Prudente (SP), ela ainda será transferida, mas a audiência de custódia estava prevista para ser realizada na quinta-feira. A reportagem confirmou que ela permanece detida no 3º Distrito Policial de Londrina.
Depois da emboscada em que o produtor rural foi baleado três vezes em Iepê (SP), o policial militar, que morava em Londrina, foi até o hospital onde a vítima estava internada e se identificou como PM para entrar no quarto e dar um tiro em Paião. Depois disse, ele se matou com um tiro dentro da Santa Casa de Presidente Prudente.
Em nota, a equipe de advogados de defesa Fellipe Stabelini Anabuki, Jair Vicente da Silva Junior e José Carlos Mancini Junior rechaça “veementemente os fundamentos apresentados na decisão judicial”, que determinou a medida cautelar de prisão da cliente.
“Sendo assim, nesse momento nos basta informar que iremos, mais uma vez, adotar as medidas judiciais cabíveis, invocando os preceitos legais adequados para buscar revogar a decisão que, sob nossa ótica, é equivocada. Importante destacar que a Sra. Elizângela sempre esteve à disposição da Justiça, o que se corrobora pelo fato de que a mesma, após ter ciência da decisão em questão, apresentou-se espontaneamente à autoridade local competente, acompanhada de seus defensores, para cumprimento da ordem de prisão proferida”, declara a equipe de advogados.
Eles ainda afirmam que a “inocência será demonstrada e comprovada” nos autos do processo.
(Atualizado às 11h57)