Ponta Grossa - Um assistente social, de 46 anos, foi exonerado de suas funções por incluir o nome de pessoas mortas em relatórios para obter benefícios. O caso aconteceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O esquema deixou aproximadamente R$ 60 mil em prejuízo aos cofres públicos.

De acordo com o delegado Derick Jorge, da Polícia Civil do Paraná, as investigações apontaram que o assistente social incluía nomes de pessoas mortas nos relatórios enviados à Fundação de Assistência Social (FAS). O esquema veio à tona após ele solicitar uma cesta básica em nome de uma idosa que faleceu cinco meses antes.
“ A partir dessa descoberta, uma investigação mais ampla revelou que a prática fraudulenta se estendeu por um período aproximado de 18 meses, entre 2020 e 2021”, explicou o delegado.
De acordo com as investigações, o assistente social usava dados de pessoas falecidas para:
• Simular o cumprimento de metas estabelecidas no convênio com o poder público
• Solicitar benefícios eventuais como cestas básicas
• Apresentar relatórios falsos de visitas domiciliares
• Manter artificialmente o número de pessoas atendidas pela associação
Conforme o delegado, a FAS descobriu que apenas dois dos 20 nomes apresentados nos relatórios do suspeito estavam realmente recebendo os serviços da instituição.
Assistente social foi indiciado por obter benefícios
A Polícia Civil indiciou o assistente social nesta terça-feira (8) pelo crime de inserção de dados falsos, além do dano para os cofres públicos, já que a fraude comprometeu a prestação de serviços essenciais para à população idosa em Ponta Grossa.
“Além do dano ao erário público, as fraudes comprometeram a prestação de serviços essenciais à população idosa em situação de vulnerabilidade social, desviando recursos que deveriam beneficiar pessoas que realmente necessitavam de assistência.A associação está ressarcindo aos cofres públicos, de forma parcelada, o prejuízo ocasionado, no valor aproximado de R$ 60 mil”, finalizou o delegado.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná, que vai decidir se irá oferecer uma denúncia criminal contra o assistente social, que já foi exonerado do cargo.
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