“Se ele não quiser atendimento e quiser morrer, aí o problema é dele”, respondeu a mulher enquanto recolhia as primeiras informações (Foto ilustrativa: Daniel Castellano/SMCS)

A Secretaria Municipal da Saúde informa que retirou atendente do plantão, por não atender os protocolos do Samu; ela também irá responder a processo administrativo

Uma atendente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi afastada após dar uma resposta inesperada para um cidadão na manhã deste sábado (5), em Curitiba. “Se ele não quiser atendimento e quiser morrer, aí o problema é dele”, respondeu a mulher enquanto recolhia as primeiras informações de um atendimento na Avenida Santa Bernadete, entre os bairros Fanny e Lindóia, de um jovem desacordado e que aparentava ter ferimentos na cabeça.

Atendente do Samu é afastada 

De acordo com a Polícia Militar (PM), um senhor que viu o jovem caído na avenida que ligou pedindo por ajuda, já que o rapaz estava com sangramento na cabeça. No áudio, a mulher questionou ao senhor se “ele perguntou ao ferido se quer ser atendido”.

Nesse momento que a atendente dispara, argumentando que “se ele não quiser atendimento e quiser morrer, aí o problema é dele”. A atendente continua insistindo para que o idoso pergunte para a vítima se ela quer atendimento, mas o homem responde: “ele não está respondendo por ele, ele está caído no canteiro”.

“Conduta inesperada”

Quando o homem volta a tentar falar com a atendente, a ligação cai. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, uma ambulância foi encaminhada até o local depois de uma segunda ligação. Confira a nota na íntegra!

“O primeiro atendimento do Samu não foi o correto. A Secretaria Municipal da Saúde informa que retirou atendente do plantão, por não atender os protocolos do Samu. Ela também irá responder a processo administrativo. A Prefeitura lamenta o episódio e pede desculpas ao cidadão que fez a ligação para ajudar a pessoa que estava precisando de atendimento. O protocolo de atendimento do Samu prevê que se tenha o maior número de informações possíveis da pessoa que será atendida. Se está ferida, qual o tipo de ferimento, se está consciente, se consegue falar e explicar como está se sentindo. Essas informações são decisivas para saber que tipo de ambulância será enviada ao local.”