Um crime que chocou os moradores de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, está mais próximo de ter seu desfecho. Uma audiência na Justiça nesta terça-feira (5) definirá se o julgamento do policial militar Gustavo Fabri, suspeito do envolvimento no assassinato do guarda municipal Rodrigo Anderson de Paula Rocha, será por júri popular.

O crime ocorreu em junho de 2019, e inicialmente foi investigado como um roubo seguido de morte, já que a vítima foi baleada enquanto trabalhava como segurança de um supermercado em construção. Mas no decorrer do processo, os investigadores chegaram à conclusão de que se tratava de um crime passional.

Para o Ministério Público, a motivação para o crime seria o envolvimento amoroso da esposa de Fabri com a vítima. Em dezembro de 2020, a justiça aceitou denúncia contra o policial militar Gustavo Fabri e outro PM: Edijaime Damaceno Bastos, além de denunciar um empresário: Maykon Rodrigo da Rosa. Os três foram presos e depois passaram a ser monitorados por tornozeleira eletrônica. Agora, a Justiça definirá se eles serão levados ao júri popular.

Maikon era patrão da mulher de Gustavo e teria contado ao PM sobre a traição. Algo que sua defesa nega.

“Ao contrário disso, ele era amigo da vítima. A vítima fazia segurança para o estabelecimento comercial de Maykon. Maykon apenas empregava a esposa de Gustavo Fabri e teve o azar dessa senhora, em tese, ter um relacionamento extraconjugal com a vítima”,

afirma o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o empresário e também o policial Edijaime.

O advogado afirma também que o carro que teria sido utilizado pelos autores na noite do crime, uma Parati vermelha, não é o mesmo de Edjaime.

“O que se tem no processo é uma prova pericial importante, de um amigo da vítima que afirmou no Gaeco que a vítima confidenciou que estava sendo seguida por um veículo ‘isofilmado’. E o veículo do meu cliente nunca teve ‘isofilme'”, afirma.

Já a defesa de Gustavo Fabri afirmou, por meio de nota, que seu cliente não tem qualquer envolvimento com o crime e que sua inocência será comprovada.

Por outro lado, os advogados da família da vítima afirmam que existem indícios suficientes para que o caso vá a júri popular.

“Há um trabalho da delegacia de polícia no sentido de indicar a autoria dos três, um trabalho bem feito, que está sendo reproduzido em juízo. E isso é o bastante para que eles sejam submetidos ao Tribunal do Júri. E daí, no Tribunal do Júri, a assistência da acusação vai buscar dar a cada um o que é seu”,

explica o advogado Claudio Dalledone.
perfil Luciano Balarotti
Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.