
Mãe acusava agência por moça trabalhar demais, mas modelo rival é suspeita
*do R7
A modelo russa Vlada Dzyuba, de 14 anos, morreu no último dia 27 de outubro, em Xangai, onde participava da semana de moda local. Familiares e amigas acusaram na época a agência chinesa ESEE Model Management, que a contratou para passar uma temporada desfilando no país, de ter provocado a morte da garota. Vlada reclamara de excesso de trabalho. “Ela chegou a desfilar e fotografar por 13 horas seguidas, até desmaiar e ser internada”, lembrou a mãe dela, Oksana. Mas uma autópsia, solicitada por autoridades russas, causou uma reviravolta no caso. O exame detectou veneno no sangue de Vlada.
De acordo com informações do jornal Siberian Times, Vlada pode ter sido assassinada. Fontes da agência, ligadas à polícia russa, revelaram que o envenenamento pode ter ocorrido deliberadamente.
Chegou-se a cogitar picada de inseto ou consumo de alimento estragado, mas autoridades que estão investigando o caso trabalham com a hipótese de Vlada ter sido morta por outra modelo, uma rival. A polícia não quis revelar nomes de suspeitos para não atrapalhar a investigação.
Só não se sabe qual modelo da agência envenenou a garota e como ela o fez — se é que foi mesmo uma contratada por essa empresa. O caso, inicialmente investigado como exploração e excesso de trabalho — negado com veemência pela ESEE Model Management —, repercutiu no mundo todo como um episódio de abuso de empresas que contratam modelos.
Vlada tinha, de fato, se queixado à mãe, por telefone de poucas horas de folga. Dizia estar se sentindo cansada demais.
“A carga de trabalho não deixa as modelos tirarem folga'”, Vlada avisou à mãe, Oksana.
No dia 25 de outubro, ela desmaiou enquanto trabalhava. após uma jornada estafante de trabalho. Foi internada no final desse dia, ficou em coma e, quase 48 horas depois, declarada morta.
“Ela teve um colapso, pegou meningite crônica e morreu”, afirmou a mãe na época, acusação ratificada por amigas da modelo que estavam trabalhando com ela no Xangai Fashion Week.
Vlada recebia o equivalente a R$ 27 por dia para trabalhar, sem seguro médico.
O hospital chinês onde Vlada morreu divulgou uma nota em que citava: “Vlada sofreu intoxicação, com múltiplos órgãos danificados, disfunção hepática e insuficiência renal”. Só não falou em veneno. Indicou que deveria ser feito um exame para “compreender o que provocou esse quadro”.
Um inquérito criminal foi então aberto pela Russian Investigative Committee, equivalente ao Federal Bureau Investigation (FBI), ou departamento de investigação federal americano.