
Armado com um facão, ele matou a ex-namorada de 15 anos, e as duas cunhadas, de 25 e 12 anos; o marido da irmã mais velha também foi golpeado, mas fingiu a própria morte e foi o único sobrevivente
Foi condenado nesta terça-feira (26), o homem acusado de matar três irmãs em Cunha Porã, no oeste de Santa Catarina (SC), em fevereiro de 2017. Jackson Lahr foi sentenciado a 101 anos de prisão em regime fechado, por triplo feminicídio e uma tentativa de homicídio. O julgamento, que durou cerca de 15 horas, reuniu aproximadamente 100 pessoas, incluindo familiares das vítimas, estudantes de direito e moradores da cidade.
Depoimento de condenado durou 10 minutos
Durante o dia foram ouvidos o policial militar que atendeu a ocorrência; o cunhado de Jackson, que também foi agredido, e um vizinho que socorreu o cunhado do acusado e o levou para o hospital. Ao todo, 28 jurados foram convocados e quatro mulheres e três homens foram sorteados para compô-lo.
O depoimento de Jackson durou aproximadamente 10 minutos. Durante a fala, ele informou que está tomando alguns remédios tarja preta, mas não soube informar os nomes dos medicamentos. Durante a tarde, o advogado da defesa tentou alegar a insanidade mental do réu, mas a corte não aceitou o pedido.
Condenação
Na condenação, o júri alegou que motivo do crime foi fútil, além de ter dificultado a defesa das vítimas e ter sido realizado de maneira cruel. Jackson também foi condenado ao pagamento de R$ 600 mil em indenização às famílias das vítimas. Por causa disso, os bens do condonado já foram bloqueados.
Ainda nesta terça, Jackson saiu do Tribunal do Júri direto para a Unidade Prisional Avançada de Maravilha, onde já estava preso desde a data do crime.
Relembre o crime
O crime aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2017, quando o acusado invadiu a casa da ex-namorada no interior de Cunha Porã. Armado com um facão, ele matou a garota, de 15 anos, e as duas cunhadas, de 25 e 12 anos. O marido da irmã mais velha também foi golpeado, fingiu a própria morte e foi o único sobrevivente. Na casa ainda estava o filho do suspeito com a ex-companheira, que na época tinha apenas dois meses. O menino, que hoje está com dois anos, ficou aos cuidados dos avós.