Uma mulher de 29 anos, que trabalhava como bancária em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, foi presa e será investigada por supostamente desviar R$ 22 milhões de uma empresa paulista. A suspeita foi detida nesta quinta-feira (7) e também será alvo de investigações por furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Polícia Civil do Paraná deu detalhes sobre como funcionava o esquema. O caso é um dos destaques do RIC Notícias Manhã desta sexta-feira (8).

Policiais Civis durante mandado de busca
A polícia apreendeu documentos, passaportes e outras provas na casa da suspeita (Foto: Vanderlim Cezar/PCPR)

Conforme o delegado Reinaldo Zequinão Neto, da Polícia Civil, a bancária presa teria utilizado a função de gerente para alterar os dados de empresas e emitir cartões de crédito fraudulentos. Esses cartões permitiram que hackers acessassem as contas das vítimas e realizassem o desvio de grandes quantias de dinheiro.

“Ela era gerente da instituição e tinha acesso ao sistema e o cadastro das empresas. Com base nisso, ela alterou os dados da empresa e conseguiu emitir um cartão. Com esse cartão, os hackers conseguiram habilitar dispositivos eletrônicos e subtrair esse valor”, explicou o delegado, detalhando como o esquema foi orquestrado.

Smurfing: entenda o que é

As investigações revelaram que, a bancária presa pode ter alterado o cadastro de empresas, permitindo que hackers invadissem as contas e transferissem grandes quantias de dinheiro. O método utilizado pelo grupo criminoso ficou conhecido como “Smurfing”.

“Eles pegam o valor e vão pulverizando. Eles distribuem primeiro para um X de empresa e depois dois X para outra, dificultando assim a rastreação”, explicou o delegado Neto, sobre a técnica de dispersão de recursos utilizada para dificultar o rastreamento do desvio.

Embora a bancária presa já tenha sido detida, as investigações continuam para identificar outros integrantes do esquema. A mulher, que trabalhava na agência bancária de Curitiba, agora responde por diversos crimes, incluindo furto qualificado e formação de grupo criminoso, além de ser acusada de lavagem de dinheiro.

“Ela está respondendo por furto qualificado, mais formação de grupo criminoso, juntos aos demais responsáveis, e também por lavagem de dinheiro”, concluiu o delegado Reinaldo Zequinão Neto.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui

Eduardo Teixeira

Repórter

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.

Eduardo Teixeira é formado em Jornalismo pela Uninter. Possui experiência em pautas de Segurança, como acidentes e crimes, além de virais da internet, trends das redes sociais e pautas de Cultura. Também atua como repórter de TV e rádio.