A adolescente de 17 anos que é mãe do bebê que a própria avó deixou morrer em Porecatu, no norte do Paraná, falou com exclusividade com a equipe da RICTV | Record PR. A jovem pede por justiça e espera que a mãe pague pelo o que fez. (Assista entrevista abaixo)
Desde o começo do mês de maio, a mãe da criança estava no Mato Grosso em busca de trabalho e, por isso, teria deixado o filho aos cuidados da avó. “Meu sentimento é raiva por ela não tá sentindo o que tá dentro de mim. Ela não sentiu um pingo de amor por ele. Ela, literalmente, acabou com a minha vida”, disse a garota.
Bebê encontrado morto em Porecatu
A criança de 1 anos e sete meses de idade foi encontrada morta dentro da casa onde vivia com a avó Michele Penteado Rodrigues, de 39 anos, na última sexta-feira (17). Na ocasião, a mulher ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após perceber que a criança não estava mais respirando.
A avó foi presa preventivamente já na madrugada de sábado (18) por homicídio qualificado e abandono de incapaz.

Dentro da casa de classe média, a polícia se deparou com condições insalubres como lixo, sujeira, roupas sujas, bebidas, cigarro, comida podre com larvas e fraldas usadas espalhadas pela residência. Alguns vizinhos chegaram a afirmar que o menino morto ficou vestido com a mesma roupa por 15 dias.
Avó mente sobre estado de saúde do neto
A mãe da vítima contou que dois dias antes do bebê ser encontrado morto, Michele colocou uma gravação para ela escutar com o intuito de fazê-la acreditar que o filho estava bem. “Eu tive contato com ela, ela sempre falava para mim que ele estava muito bem. Eu conversava com ele, ele me respondia. […] Na semana que aconteceu isso, na quarta-feira, eu conversei com ele e depois de tudo isso, eu descobri que era uma gravação que ela estava colocando”, explicou.

Causa da morte do bebê
O laudo final que irá revelar a causa da morte ainda depende do resultado de alguns exames do Instituto Médico Legal (IML). No relatório, o legista afirma o bebê não apresentava sinais de agressão, mas foi comprovada a falta de cuidados básicos como higiene e alimentação. “Confirmou que a última vez que ela alimentou ele e deu bebida para a criança foi na quinta-feira por volta das 10h30 e só na sexta-feira por volta das 15h foi que ela foi olhar a criança novamente. Na casa a falta de higiene era total”, declarou o delegado Elisandro Correa.
Assista à entrevista com a mãe do bebê:
O Balanço Geral Londrina acompanha o caso.