Brasil - Uma bebê, a mãe e a avó foram encontradas mortas dentro de um apartamento no centro-sul de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O caso, que chocou moradores do edifício na Rua Mato Grosso, no bairro Barro Preto, está sendo investigado como possível intoxicação por monóxido de carbono.

As vítimas são uma bebê de 1 ano e 11 meses, sua mãe, de 40 anos, e a avó materna, de 66. As três foram encontradas deitadas sobre uma cama. Também foram localizados mortos quatro cães da família, em outros cômodos do imóvel. Não havia sinais aparentes de violência. O apartamento estava com as janelas vedadas por papéis e um forte cheiro tomou conta do local.
A descoberta aconteceu na última sexta-feira (9), após dias sem notícias da família. A avó paterna da criança tentou contato com a mãe da bebê, sem sucesso, e decidiu procurar o prédio. Foi então que a síndica subiu ao 13º andar e se deparou com um odor muito forte. Vizinhos relataram que não ouviam mais choros da criança nem latidos dos cães. A Polícia Militar foi chamada, forçou a entrada no apartamento e encontrou os corpos.
Segundo relatos, um dia antes da entrada dos policiais, uma vizinha já havia alertado o zelador sobre um possível vazamento de gás. No interior do apartamento, a polícia encontrou três bandejas com carvão queimado — o que reforça a suspeita de intoxicação.
O caso está sob investigação da Polícia Civil, que aguarda a conclusão dos laudos periciais para esclarecer o que aconteceu. As autoridades ainda não descartaram outras possibilidades, mas a hipótese de envenenamento por gás é considerada a mais provável até o momento.
Carta foi encontrada em apartamento
Uma carta foi encontrada pela equipe de investigação dentro do imóvel da família. O bilhete teria sido escrito por Daniela Antonini, que morreu ao lado da mãe e da filha bebê.
Na carta, a mulher revela que a família enfrentava dificuldades financeiras, além de destacar o relacionamento conturbado com o pai da filha. Pessoas próximas às vítimas, relataram que Daniela e a mãe tinham histórico de depressão.
As mulheres eram inquilinas do condomínio e estavam com a prestação do aluguel atrasada. A criança, que também foi encontrada morta, tinha atresia do esôfago e necessitava de uma sonda para se alimentar. Recentemente, a menina retornou para casa após um tratamento médico. Na carta, Daniela também deixou um pedido de desculpas.
A menina, Giovanna Antonini Vasconcelos, foi enterrada no sábado (10), no município de Sabará, na Região Metropolitana de BH. A mãe dela, Daniela, e a avó, Cristina Antonini, ainda não haviam sido sepultadas até a última atualização desta reportagem. Daniela era separada e morava com a filha e a mãe.
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