Curitiba - Amigos e vizinhos dos pais do bebê, de três meses, que morreu engasgado em creche clandestina alugaram um ônibus para ir ao enterro na manhã desta terça-feira (20), em Curitiba.

Abalados, os amigos da família relataram revolta e tristeza com a perda. “É muito triste, ela [a mãe do bebê] precisa de todo apoio da gente, amigos e parentes”, afirmou uma moradora.
Gael, o bebê, de três meses, que morreu engasgado na creche clandestina, foi sepultado na manhã desta terça-feira (20), no cemitério do Boqueirão.
Relembre o caso: bebê morre engasgado em creche clandestina de Curitiba
Um bebê, de três meses, morreu engasgado na tarde desta segunda-feira (19), em uma creche clandestina no bairro Tatuquara, em Curitiba.
De acordo com nota da PCPR, as informações preliminares apontam que o bebê teria morrido após se afogar com leite. Porém, a causa da morte só poderá ser confirmada oficialmente após exames periciais, que já foram solicitados pelas autoridades.
Bebê morto em creche: mulher presa paga fiança e é solta
A mulher presa suspeita pela morte de um bebê, de três meses, em uma creche clandestina, pagou uma fiança de R$ 3 mil e foi liberada, segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR).
Dessa forma, o delegado Fabiano Oliveira, afirmou que a suspeita vai responder em liberdade pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O marido da mulher foi encaminhado para a cadeia pública.
Advogado de defesa dos suspeitos se manifesta
O advogado de defesa do casal, Junior Ribeiro, se manifestou sobre o caso por meio de nota. Leia na íntegra:
Maria Eliza atua como cuidadora de crianças há mais de uma década, sempre no mesmo endereço, e jamais houve qualquer tipo de incidente, reclamação ou apontamento negativo por parte dos pais ou responsáveis. Ao longo desses anos, nunca se registrou sequer um relato de ferimentos, maus-tratos ou negligência envolvendo qualquer criança sob seus cuidados.
No dia do lamentável ocorrido, a mãe da criança a deixou aos cuidados de Eliza pela manhã, informando que a bebê ainda não havia se alimentado. Eliza procedeu a amamentação, aguardou que a criança arrotasse e, em seguida, a colocou para dormir em segurança, deitada de lado, em um ambiente visível da cozinha, onde preparava o almoço para as demais crianças.
Cerca de dez minutos depois, ao verificar o estado da bebê, percebeu alteração em sua coloração e, imediatamente, em estado de desespero, chamou seu esposo, que iniciou os procedimentos de emergência. Simultaneamente, ela entrou em contato com o Samu, que a orientou, por telefone, a colocar o bebê em decúbito frontal e iniciar massagem cardíaca, a qual foi mantida até a chegada da equipe médica.
É importante esclarecer que, há cerca de dois anos, o local recebeu uma visita do Conselho Tutelar e, após vistoria, não foi identificado qualquer indício de abuso ou negligência. As crianças estavam bem cuidadas, alimentadas e apresentavam bom estado geral, razão pela qual não houve qualquer medida ou sanção.
De igual forma, a Vigilância Sanitária realizou visita orientativa, recomendando apenas a busca por regularização formal, sem determinar o encerramento das atividades nem aplicar qualquer penalidade, reconhecendo que a sra. Eliza prestava um serviço de caráter social, que muitas vezes supre a ausência de políticas públicas adequadas.
O casal lamenta profundamente a perda irreparável dessa criança, compartilha da dor da família e permanece à disposição das autoridades para esclarecimentos, colaborando de forma transparente com todas as investigações.
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