Curitiba - Os supostos empresários com suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior cartel de drogas da América Latina, usavavam codinomes de políticos brasileiros e internacionais. Segundo documento do Ministério Público Federal (MPF) obtido em primeira mão pelo colunista Pedro Neto, do portal Ric, apontam que Bolsonaro, Lula, Ciro e Obama eram os apelidos dos chefes do esquema criminoso do PCC em Curitiba.

homens dando as mãos, ao fundo mala de dinherio, sugerindo corrupção
O esquema criminoso movimentou mais de R$ 88 milhões em dinheiro vivo, além de R$ 1,3 bilhão em transações digitais através de dezenas de empresas. (Foto: Ilustrativa/Pixabay)

O relatório aponta que Roberto Augusto Lema da Silva era chamado de Bolsonaro e mantinha a maior participação na DUVALE Distribuidora, empresa central na lavagem de dinheiro para o grupo criminoso. As investigações afirmam que ele tinha 65% dos ativos da companhia.

Já Mohamad Hussein Mourad era identificado como Lula, e mantinha 15% de participação. Ele também respondia pelos codinomes Primo e João. Mesmo tendo menor participação na DUVALE Distribuidora, Mohamad, segundo os investigadores, era o grande comandante de todo o esquema, que ia muito além dessa empresa, conforme você pode conferir aqui.

Já Celso Leite Soares tinha 10% de participação e era conhecido como Ciro e Daniel Dias Lopes era chamado de Obama, ele também mantinha 10% de participação.

Os dados estão disponíveis no documento do MPF, e expostos na página 30.

planilha do MPF sobre o esquema do PCC em Curitiba
A planilha do MPF traz ainda os valores de retirada de cada um dos envolvidos (Foto: Reprodução/MPF)

O esquema do PCC em Curitiba

Conforme levantado em primeira mão pela coluna Arquivo Aberto, do portal Ric, os postos de combustíveis eram usados como fachada para escoar o dinheiro do tráfico internacional de drogas.

Em seguida, o dinheiro arrecadado era “branqueado” com emissão de notas frias, depósitos fracionados, transferências cruzadas entre empresas de fachada. Uma estrutura criada para dificultar o rastreamento dos crimes usando negocios limpos para lavar dinheiro sujo.

O PCC mantinha uma espécie de “banco” em Curitiba. Confira mais sobre isso aqui.

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Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.