Briga entre policiais: Juíza determina prisão preventiva e atirador segue preso
A audiência de custódia do policial civil aposentado Ninrod Jois Santi Duarte Valente, de 60 anos, ocorreu na tarde desta segunda-feira (4). Diante da juíza, o suspeito não detalhes sobre a noite do último sábado (2), quando compareceu com o primo, o ex-policial José Augusto Mendes Paredes, em uma distribuidora de bebidas no bairro Batel, em Curitiba. O suspeito confessou apenas que a prisão aconteceu dentro da legalidade e faz uso de medicamentos periódicos.
Após cerca de 30 minutos, a juíza decidiu pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. Deste modo, Valente deve continuar preso durante o processo de investigação do caso e não há previsão para ele deixar o sistema prisional. “É necessário para garantir a ordem pública”, declarou a juíza sobre a manutenção da prisão do suspeito.
O advogado de Paredes voltou a alegar que o policial aposentado foi forçado a ir até o estabelecimento e se sentiu acuado. “Imagens mostram ele (Paredes) conduzindo o policial Valente doente, sem condições para dentro do carro. Chegando no local ele (Valente) foi acuado”, contou Claudio Dalledone.
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O representante do policial aposentado ainda reforçou que o desentendimento entre os primos envolve outros crimes. “Existe um caso de homicídio em curso. Existem casos de remessas de cocaína sendo interceptadas de maneira criminosa”, indicou Dalledone. Além disso, o advogado prometeu que Valente deve prestar depoimento com detalhes, que comprovam que seria morto por Guto Paredes.
Mais cedo, em entrevista a RICtv, Dalledone frisou que Paredes estava sendo investigado por outras situações e chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado de roubo. O ex-policial civil foi exonerado da corporação em 2021 e respondia por homicídio de trânsito, suspeito de ter atropelado, matado e fugido sem prestar socorro em um acidente registrado em 2006.
Valente era primo de Paredes, mas apesar da proximidade, os homens não se davam bem. O desentendimento deles teria começado após a morte de um policial civil que foi assassinado a tiros em um barracão na BR-116.