Camila Marodin vai à audiência e pede trabalho pra não passar fome
Presa na semana passada por descumprir 15 vezes as medidas de prisão domiciliar, Camila Marodin foi às audiências de instrução e de justificativa no Fórum de Piraquara, nesta segunda-feira (14). Além de não conseguir imediatamente a liberdade, como desejava, a investigada por tráfico de drogas ainda pediu à juíza a liberdade para trabalhar, para não passar fome.
Conforme o repórter William Bittar, da RICtv, a presa passou por duas audiências no mesmo dia. Uma delas foi a de instrução, do inquérito que a investiga por tráfico de drogas. O marido dela, Ricardo Marodin, era investigado pelo crime e foi assassinado em novembro do ano passado, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A suspeita da polícia é que Camila tenha assumido os negócios do marido. O patrimônio do casal era de R$ 1 milhão e 300 mil em imóveis, carros de luxo e dinheiro na conta.
A outra audiência era a de justificativas, para que a mulher explicasse porque violou a prisão domiciliar. Seis das violações foram por sair da área de monitoramento e nove por não manter a tornozeleira eletrônica carregada. Camila justificou que está sendo ameaçada e precisou fugir para não ser morta. Numa das vezes, ela fugiu do seu apartamento porque viu os irmãos de um homem que pode estar querendo matá-la.
E falando na morte de seu marido, ela afirmou ao repórter William Bittar que logo os responsáveis pelo assassinato de Ricardo Marodin estarão presos.
Proteção e fome
Através de seu advogado, Cláudio Dalledone, a suspeita pediu proteção a ela e aos filhos. Mas a Justiça negou proteção e liberdade a ela, por entender que ela está mais segura na penitenciária do que em casa. Apesar disto, o juíz ofereceu proteção aos filhos de Camila. A defesa dela discordou da decisão e disse que vai recorrer ao Tribunal de Justiça para libertá-la e, assim, ela mesma conseguir proteger os filhos.
Também na audiência, Camila justificou que queria a liberdade vigiada para poder trabalhar e não passar fome, já que o R$ 1,3 milhão que ela e o marido tinham em patrimônio foram bloqueados pela Justiça.
Constrangimento policial?
Outro fato que chamou atenção, no dia em que foi presa, é que Camila saiu de casa descalça e vestindo bermuda. Ao chegar na delegacia, ela já desceu da viatura de calça e chinelo. O juíz questionou como que Camila trocou de roupa e se ela sofreu algum constrangimento por parte dos policiais. Ela respondeu que colocou a calça por cima do short mesmo e que não aconteceu nada demais.