Camila Marodin vai à audiência e pede trabalho pra não passar fome

por Giselle Ulbrich
com informações de William Bittar, da RICtv
Publicado em 14 fev 2022, às 18h25.

Presa na semana passada por descumprir 15 vezes as medidas de prisão domiciliar, Camila Marodin foi às audiências de instrução e de justificativa no Fórum de Piraquara, nesta segunda-feira (14). Além de não conseguir imediatamente a liberdade, como desejava, a investigada por tráfico de drogas ainda pediu à juíza a liberdade para trabalhar, para não passar fome.

Conforme o repórter William Bittar, da RICtv, a presa passou por duas audiências no mesmo dia. Uma delas foi a de instrução, do inquérito que a investiga por tráfico de drogas. O marido dela, Ricardo Marodin, era investigado pelo crime e foi assassinado em novembro do ano passado, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A suspeita da polícia é que Camila tenha assumido os negócios do marido. O patrimônio do casal era de R$ 1 milhão e 300 mil em imóveis, carros de luxo e dinheiro na conta.

A outra audiência era a de justificativas, para que a mulher explicasse porque violou a prisão domiciliar. Seis das violações foram por sair da área de monitoramento e nove por não manter a tornozeleira eletrônica carregada. Camila justificou que está sendo ameaçada e precisou fugir para não ser morta. Numa das vezes, ela fugiu do seu apartamento porque viu os irmãos de um homem que pode estar querendo matá-la.

E falando na morte de seu marido, ela afirmou ao repórter William Bittar que logo os responsáveis pelo assassinato de Ricardo Marodin estarão presos.

Proteção e fome

Através de seu advogado, Cláudio Dalledone, a suspeita pediu proteção a ela e aos filhos. Mas a Justiça negou proteção e liberdade a ela, por entender que ela está mais segura na penitenciária do que em casa. Apesar disto, o juíz ofereceu proteção aos filhos de Camila. A defesa dela discordou da decisão e disse que vai recorrer ao Tribunal de Justiça para libertá-la e, assim, ela mesma conseguir proteger os filhos.

Também na audiência, Camila justificou que queria a liberdade vigiada para poder trabalhar e não passar fome, já que o R$ 1,3 milhão que ela e o marido tinham em patrimônio foram bloqueados pela Justiça.

Constrangimento policial?

Outro fato que chamou atenção, no dia em que foi presa, é que Camila saiu de casa descalça e vestindo bermuda. Ao chegar na delegacia, ela já desceu da viatura de calça e chinelo. O juíz questionou como que Camila trocou de roupa e se ela sofreu algum constrangimento por parte dos policiais. Ela respondeu que colocou a calça por cima do short mesmo e que não aconteceu nada demais.

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