"Mexeu com a minha filha": mulher confessa que matou homem carbonizado e é detida com namorado

Publicado em 10 fev 2022, às 10h01. Atualizado às 11h31.

O caso envolvendo a morte de Alceu Carlos Preisner Junior teve um desdobramento na noite de quarta-feira (09). Doze dias depois do corpo carbonizado ser localizado na área rural de Cascavel, no Oeste do Paraná, na noite de ontem, a Delegacia de Homicídios de Cascavel prendeu temporariamente duas pessoas suspeitas de envolvimento no crime.

O casal de 32 e 33 anos foi detido em uma residência, na região Oeste da cidade. Com a ajuda da perícia, os policiais identificaram várias marcas de sangue em diversos cômodos na casa, com o auxílio do luminol (substância química).

Segundo o Delegado Diego Valim, a mulher relatou informalmente que cometeu o crime.

“ Segundo a detida, ela teria matado a vítima porque o homem teria tentado aliciar uma de duas filhas. Ao perceber a situação a mulher teve um ataque de fúria e partiu para cima da vítima.”

Diego Valim – Delegado

A Polícia investiga agora a dinâmica que o crime aconteceu, e se mais alguém participou do homicídio. O próximo passo é obter informações na região onde o crime aconteceu.  

“Para não levantar suspeitas durante as investigações, não fizemos diligências nas casas próximas para saber como era a rotina no local. O próximo passo na investigação é ouvir vizinhos e pessoas próximas. O que sabemos é que segunda detida, o local era um ponto para o uso de drogas.”

Diego Valim – Delegado

A dupla permanece detida até que a investigação seja concluída e a justiça determine se a prisão irá se tornar definitiva.

Confirmação de identificação

A Delegacia aguarda o resultado de DNA para confirmar a identificação da vítima. Segundo a família, o corpo é de Alceu Carlos Preisner Junior, filho de um colunista da cidade.

(Foto: Marcelo Lira)

Os familiares conseguiram um alvará judicial expedido pela 1ª Vara Criminal de Cascavel, assinado pelo Juiz Marcelo Carneval para que os restos mortais fossem sepultados, mesmo sem o resultado do DNA.

A justiça entendeu que tudo leva a crer que o corpo é de Alceu. Por esse motivo foi realizada a liberação para sepultamento. Conforme consta em documento, a liberação do corpo não acarretará prejuízo à investigação policial, já que o material genético foi coletado. 

“As provas encontradas com auxílio do luminol irão auxiliar também na identificação da vítima. Os materiais recolhidos foram encaminhadas para análise.”

Diego Valim – Delegado

O sepultamento aconteceu no último sábado (05) no cemitério São Luiz, no Bairro São Cristóvão.

Sobre o crime

O corpo estava no porta-malas do veículo, Geely EC7, totalmente queimado, localizado em meio a uma plantação de milho, às margens do quilômetro três, da PR-486, rodovia que liga Espigão Azul a Cascavel.

Os Bombeiros foram acionados nas primeiras horas da manhã do dia 27 de janeiro, para combater o incêndio e depois que as chamas foram extintas, o corpo foi localizado. 

A Polícia Militar esteve no local, isolou a área e acionou a Delegacia de Homicídios. O carro queimado está no nome de Alceu Carlos Preisner, que é o pai da vítima.

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