Fernando Carli Filho chega ao Tribunal do Júri. (Foto: Reprodução/RICTV)

Confira os principais acontecimentos envolvendo o júri popular que decidirá a pena do ex-deputado estadual acusado de causar a morte de dois jovens em um acidente de trânsito em 2009

*Com informação de Emeline Hirafuji, Giulianne Kuiava e Helen Anacleto, da RICTV Curitiba

Veja em tempo real as principais informações envolvendo o júri popular do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho nesta terça-feira (27).

Quase nove anos depois do acidente, Carli Filho será julgado por duplo homicídio com dolo-eventual, quando se assume o risco de matar, pelas mortes de Gilmar Rafael de Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida,  em maio de 2009.

 

 

21h21: Carli respondeu perguntas da Promotoria e do juiz. A defesa não fez questionamentos e nem assistência da acusação. Juiz suspende a sessão, que deve ser retomada nesta quarta-feira (28) às 9h30. Ministério Público tem a fala inicial.

21h15: Ministério Público e defesa recebem a palavra.

21h14: “Eu tenho certeza que eles saíram de casa sem ter a inteção de morrer, mas eu também não saí com a inteção de matar” afirmou Carli Filho. Ele afirmou que quando está em Curitiba, lembra todos os dias do acidente.

21h13: Emocionado, o ex-deputado pediu desculpas para as mães. “Nunca tive a oportunidade de pedir desculpa para a dona Cristiane e para a dona Vera. Quero hoje poder pedir desculpas pelo que eu causei” justificou.

21h11: Carli Filho assume a culpa, mas afirma que nunca teve a intenção de matar alguém. Ele diz que não se recorda de nada após a saída de restaurante.

21h10: A sessão foi retomada. 

19h50: Novo intervalo de 30 minutos para jurados jantarem. Na volta réu será ouvido. 

19h45: Mattar Assad perguntou se perito teve acesso ao extrato que apontou mais de 130 multas de Carli Filho.

19h20: Carli está em uma sala reservada aos réus, segundo assessoria do juiz. 

19h17: Algumas pessoas que estão assistindo o júri bateram palmas depois da fala do perito. Juiz disse que se houverem novas manifestações, ele vai pedir pelo esvaziamento do plenário.

19h14: Defesa encera depoimento de Martelo Filho. Perguntas do Ministério Público e da assistência de acusação começam.

19h11: Volta do recesso. Perito continua seu depoimento e cadeira de Carli Filho está vazia.

18h53: Novo intervalo e Carli deixa o plenário. O depoimento do Perito Criminal de Ventura Martello Filho dura mais de duas horas.

18h: Especialista afirma que para o veículo sair do chão naquele local, a velocidade mínima deveria ser de 250 km/h. Ele argumenta que a velocidade é impossível para um Passat.

17h59: O esquema de seguraça do lado de fora do tribunal segue reforçado. Muitos estudantes no local esperando para entrar.

17h53: Perito fala sobre força centrífuga, que tende a jogar o veículo para fora da curva. Carli continua sentado, na mesma posição, olhando para os jurados.

17h46: O especialista diz que não é possível usar vídeos de sistema de segurança pra calcular velocidade do veículo.

17h43: O perito mostra fotos e fala tecnicamente sobre o local do acidente. 

17h35: Ventura Rafael Martello Filho segue contestando a informação de que o carro de Carli Filho teria chegado a 190km/h. 

17h14: A pedido da defesa, o perito apresenta seu currículo.

16h55: Perito diz que “voando estavam outras coisas, mas, com certeza, o veículo não”.

16h53: “O levantamento do local foi muito precário. Sem o devido isolamento e com muita gente no local”, disse o perito. 

16h50: De acordo com Ventura, nenhuma das perícias feitas para cálculo da velocidade usa métodos válidos. Ele diz que os cálculos feitos, tem incongruências e que não conseguiram determinar a velocidade em que nenhum dos carros estava.

16h47: O perito Ventura Rafael Martello Filho, 6ª testemunha, começa o seu depoimento.

16h28: Princípio de discussão no tribunal. Uma tia do ex-deputado Fernando Carli foi falar com Christiane Yared alegando que foi um acidente. Pessoas foram até elas e conseguiram apaziguar os ânimos.  

15h56: Carli abaixa a cabeça quando advogado de acusação mostra uma foto de uma caixa de sapato onde foi colocada a cabeça de uma das vítimas.

15h50: Yuri é testemunha de defesa. Ele estava na rua no momento da colisão. De acordo com o depoimento, não prestava muita atenção na rua, pois procurava por seu cachoro nas casas da vizinhança, quando tudo aconteceu. 

15h46: Yuri Yasichin da Cunha, 5ª testemunha, começa a falar.

O Honda Fit ficou destruído. (Foto: Arquivo/RICTV)

Honda Fit onde estavam as vítimas. (Foto: Arquivo/RICTV)

15h33: Leandro afirma que a colisão próxima à esquina e que o carro não bateu na lateral como a defesa sustenta. A testemunha ocular diz que o carro bateu atrás e que o ‘eixo’ do veículo do então deputado ficou em cima do Honda Fit onde estavam as vítimas.

15h27: Leandro conta que viu o veículo de Carli tirar as quatro rodas do chão. Diz ter certeza do que viu. A testemunha conta que após o acidente parou o carro, atravessou a rápida, deixou seu veículo no acostamento e foi ver o que aconteceu de perto. Foi, então, que chamou o Siate.

15h26: O juiz pergunta a testemunha se existia outro veículo no local na hora do acidente. Leandro diz que não viu.

15h21: Começa o depoimento de Leandro Ribeiro, motorista que estava em outro veículo e foi testemunha ocular do acidente. 

15h10: Altevir lembra que quando Carli saiu do carro dos amigos para pegar o próprio veículo, ele precisou ajudar o então deputado para que ele não caísse.

15h08: Contradição no depoimento das duas testemunhas ouvidas até o momento: Eduardo disse que a namorada dele, Daniela, estava dirigindo porque ele também havia bebido. Agora, o porteiro diz que quem estava dirigindo o carro era o Eduardo.

15h05: Altevir conta que assim que chegou com o carro de Carli ao estacionamento onde ele estava com Eduardo e sua namorada, o ex-deputado desceu do carro do médico e entrou no seu Passat. Segundo o porteiro, ele pediu ‘por favor’ para que Fernando não entrasse no veículo e fosse embora com o casal. Ele ainda completa que Eduardo também desceu do carro e insistiu para que Carli fosse com eles, mas não adiantou.

“Eu pedi, tô sendo sincero aqui, eu pedi para ele não sair com o carro dele, porque senti uma coisa ruim”, disse Altevir.

14h57: Começa o depoimento de Altevir dos Santos, porteiro do restaurante.

14h56: Carli chora novamente ao ver as fotos dos dois jovens mortos e decapitados no acidente em 2009.

Gilmar Rafael Yared, 26 anos, dirigia o veículo. (Foto: Reprodução/RICTV)

  

 Carlos Murilo de Almeida, 20 anos, estava de carona com Yared. (Foto: Reprodução/RICTV)

 

14h55: Promotoria mostra as fotos das vítimas para todos os presentes. 

14h55: Promotor mostra à testemunha as fotos onde aparecem Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida decapitados após o acidente. Ele pergunta ao médico se ele acha que as vítimas tiveram o tratamento adequado e se o médico conseguiria identificar as lesões que ele estava vendo.

14h53: José Antônio Maingue, médico que atendeu Fernando Carli Filho quando ele chegou ao Hospital Evangélico, diz que o ex-deputado já chegou em coma e desfigurado.

De acordo com seu depoimento, ele começou uma cirurgia de reconstrução de face em Curitiba, mas a família optou por levá-lo para São Paulo.  

14h50: Segunda testemunha começa falar: José Antônio Maingue.

14h42: A previsão do final do julgamento é para quarta-feira (28), quando será realizado o debate. Momento do julgamento no qual acusação e defesa terão 1h30 de arguição e mais 1h de réplica e tréplica. Somente depois, o juiz dará a sentença.

14h37: O médico e amigo Eduardo Missel disse ter conhecido Carli Filho menos de um ano antes do acidente, em 2008.

14h35: Defesa de Carli diz que não é possível afirmar a velocidade em que o carro estava, as técnicas da perícia usadas não são válidas.

14h21: Eduardo Missel, testemunha em comum da defesa e acusação, também é investigado por um crime de trânsito. Em 2012, ele teria se envolvido em um acidente no qual morreu uma pessoa. Missel estaria embriagado.

14h33: Fernando Carli chora durante o julgamento. 

O ex-deputado se emocionou quando o Ministério Público (MP) questionou a testemunha sobre as circunstâncias do acidente. O MP lembrou ainda a velocidade em que o carro de Carli estaria no momento da colisão.

O Passat blindado do ex-deputado após o acidente. (Foto: Arquivo/RICTV)

14h20: A família toda de Fernando Ribas Carli Júnior acompanha o júri: O pai Fernando Ribas Carli, ex-prefeito de Guarapuava, ex-deputado federal e ex-deputado estadual; o irmão mais novo Bernardo Ribas Carli, atual deputado estadual do Paraná e a mãe.

14h19: Ministério Público questiona novamente porque o médico ofereceu carona para Carli. Ele diz que sabia que o amigo bebeu. 

Médico conta que o carro dele estava num estacionamento próximo do restaurante, que era o estacionamento da clínica em que ele trabalhava. O carro do Carli estava no vallet. Pediram para o vallet levar o carro de Carli para deixar no estacionamento. Eles foram a pé até o estacionamento e Carli chegou a sentar atrás no banco do carro do médico. Mas quando o manobrista chegou com o carro do deputado, ele desistiu de ir de carona, pegou  o próprio carro e foi embora.

14h17: Médico deixa claro que “ele solicitou 4 garrafas na mesa, não soube precisar quantas o Carli bebeu, e disse que um dos vinhos não estava ‘agradavel’.

14h11: Palavra passada ao Ministério Público. 

14h09: Segundo o médico, na noite do acidente, ele chegou ao restaurante com a namorada e cumprimentou o deputado Fernando Carli. Ele lembra que Carli estava acompanhado de seu tio Plauto Miró, também deputado estadual, e de outros familiares. Na saída, Eduardo convidou Carli para sentar em sua mesa. Ali, eles teriam pedido quatro garrafas de vinho.

Para finalizar, a testemunha conta que chegou a oferecer uma carona para Carli. Foi perguntado ainda ao médico se ele achava que o ex-deputado estava em condições de dirigir. Ele responde que não sabe dizer já que não realizou um exame no acusado, mas que ele aparentava sinais de embriaguez.  

14h03: Eduardo Míssel, médico cardiologista, primeira testemunha comum do Ministério Público e da Defesa começa a depor.

14h00: Carli Filho está sentado de costas para a defesa e de frente para os jurados. 

13h59: Vera Lúcia de Carvalho, 57 anos, mãe de Carlos Murilo de Almeida, fala que espera o melhor do júri. Assista ao vídeo:

13h56: A deputada Christiane Yared volta para o tribunal e senta em frente ao acusado Fernando Carli Filho, na primeira fila da plateia. 

13h55: Christiane Yared precisou sair de dentro do tribunal porque está tomada pela emoção. Ela era uma das testemunhas de acusação, mas não irá mais falar e foi liberada pelo juiz. A deputada disse que já falou muito sobre a questão e não está se sentindo bem para falar hoje. A partir de agora a mãe que perdeu o filho irá acompanhar o julgamento da plateia. 

13h49: Para o juiz Daniel Surdi Avelar, que irá conduzir o julgamento, é um dos júris mais técnicos que o tribunal já acompanhou. Assista ao vídeo:

13h40: Cinco mulheres e dois homens foram sorteados para compor o júri. 

13h32: Sorteio do júri.  

13h31: Juiz acolhe o pedido da defesa parar tirar o laudo de alcoolemia contra Carli Filho. 

A defesa alega que o exame de alcoolemia feito na época foi tirado enquanto o ex-deputado estava desacordado. Dessa forma, não poderia ter sido usado no processo contra o acusado. O exame apontou um nível de álcool no sangue pelo menos quatro vezes maior do que o permitido em 2009, quando o limite ainda era maior do que atualmente.

13h26: Defesa de Carli Filho inicia a fala e pede nulidade do julgamento dizendo que as provas são insuficientes.  

13h19: São quatro testemunhas de acusação e quatro de defesa. Duas de acusação e uma de defesa não foram encontradas.

13h17: O júri popular começou. 

13h15: Antes da chegada do juiz que irá conduzir o julgamento ainda era possível fazer imagens do interior do Tribunal de Júri. 

(Foto: Giuli Kuiava)

13h10: Aproximadamente 200 pessoas poderão assistir ao júri. Na sexta-feira (23), interessados em comparecer ao Júri Popular precisaram ir até o Tribunal de Júri e participar da distribuição de senhas.

13h05: Chegada de Vera Lúcia de Carvalho, 57 anos, mãe de Carlos Murilo de Almeida, vítima no acidende de 2009. 

A mãe de Carlos fala com a imprensa. (Foto: Giuli Kuiava)

13h01: Quase todos os participantes do julgamento chegaram ao local. 

12h55: O Tribunal de Júri onde será realizado o julgamento. 

(Foto: Helen Anacleto)

12h45: “Será um dia histórico para essa nação. Uma conquista para um país que precisa encarar a realidade dos crimes de trânsito”, disse Christiane Yared.

Gilmar Yared e Christiane Yared, pais de Gilmar Rafael Yared, se mocionam na chegada. (Foto: Giuli Kuiava)

12h45: Manifestantes pedem justiça pelo acidente que matou os dois jovens há 9 anos.

(Foto: Giuli Kuiava)

12h40: O ex-deputado estadual Fernando Carli Filho chega ao local do seu julgamento.

(Foto: Reprodução/RICTV)

(Foto: Reprodução/RICTV)

12h40: Christiane Yared, deputada deferal pelo Paraná, e mãe de uma das vítimas chega ao tribunal. 

(Foto: Giuli Kuiava)

12h40: Segundo juiz Daniel Avelar, os jurados representam a democracia dentro do poder judiciário.  

12h32: A repórter Helen Anacleto, da RCITV Curitiba, está no local acompanhando a chegada dos advogados, familiares e participantes do júri. O policiamento é reforçado em frente ao Tribunal de Júri, no bairro Centro Cívico de Curitiba. 

12h30: Entenda como irá funcionar o julgamento

12h20: Jornalistas se preparam para acompanhar a chegada dos participantes do júri.

(Foto: Helen Anacleto)

10h30: Carli Filho não é obrigado a comparecer ao júri. 
10h23:
 200 pessoas enfretaram filas e conseguiram uma senha para assistir o júri popular que começa às 13h30 e deve se estender durante a noite.

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