Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (1º), em Curitiba, a Polícia Civil revelou que a organização criminosa tinha como foco carros de luxo. Segundo as investigações, entre janeiro de 2021 a julho de 2022, 16 transferências foram feitas pelo grupo suspeito, gerando um prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões.
Leia mais:
- Acusado de assassinato usa nome da vítima para tentar fugir da polícia no Paraná
- Ex-BBB Diego Alemão é condenado por envolvimento em acidente com motorista de app em Curitiba
Conforme o diretor do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), Adriano Furtado, foi a instituição que percebeu a fraude a avisou a polícia: “uma das ações que nós identificamos, por exemplo, eram vistorias praticadas quase que ao mesmo tempo, ou distâncias que não permitiam que o despachante estivesse nos lugares. Essas ações vieram ao conhecimento, nos apuramos a partir do nosso sistema, e mostravam o modo de operação destes despachantes”, explicou.
O grupo é investigado por acessar o sistema do Detran e regularizar veículos furtados. Depois, passava o automóvel para o nome de laranjas e, em seguida, vendia os veículos de luxo. Conforme a polícia, 19 pessoas são suspeitas de envolvimento na fraude, sendo três despachantes investigados por alugarem suas senhas para registro nos sistemas do Detran. Cinco lojas, usadas para a venda dos veículos, também foram alvo de mandados de busca e apreensão.
O Detran atua fazendo o cancelamento das transferências e bloqueando o acesso ao sistema pelos despachantes investigados. Os suspeitos respondem por organização criminosa, estelionato e inserção de dados falsos em sistemas oficiais.