Casa onde empresária desaparecida morava com o marido passa por perícia
Três mandados foram cumpridos pela Polícia Civil de Marechal Cândido do Rondon, no Oeste do Estado, referente ao desaparecimento da empresária da cidade, Edna Storari. A mulher está desaparecida desde o dia 21 do mês passado.
Durante o cumprimento das ordens judiciais foram apreendidos aparelhos de celular. Uma perícia também foi realizada na residência, onde o casal morava. Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e com luminol procuraram vestígios que possam auxiliar na investigação, conforme explica o delegado responsável pelo crime, Rodrigo Baptista.
“ A Polícia Civil deu cumprimento a três mandados de busca e apreensão, é mais um passo da investigação do inquérito que vem tramitando com maior prioridade na delegacia do município. Em conjunto com o Instituto de Criminalística, três peritos realizaram evidências do crime com uso de luminol. Agora aguardamos os laudos do instituto e também o desenrolar de alguns passos da nossa investigação, para que a gente possa finalizar esse inquérito.”
delegado responsável pelo crime – Rodrigo Baptista
Desaparecimento
A empresária Edna Storari foi vista pela última vez no dia 21. De acordo com a Polícia Civil, o desaparecimento da mulher só foi registrado no dia 27 de setembro, quando a filha da empresária procurou a delegacia para relatar que a mãe estava desaparecida e que o pai não havia feito a comunicação do ocorrido. Com isso, as equipes policiais foram até a casa de Edna e encontraram o marido, que disse estar saindo para realizar o boletim de ocorrência sobre o sumiço da esposa naquele momento. O fato acabou gerando estranheza para os policiais, que passaram a fazer perguntas ao homem.
À equipe, o companheiro apresentou a versão, apontada também pela filha da mulher, de que a vítima teria viajado para o Paraguai com um casal de amigos missionários. Além disso, ele informou que não teria conhecimento de quem seriam essas pessoas e, ainda, que a mulher não teria levado celular, pedindo, inclusive, para que ele formatasse o aparelho.
Com o início das diligências, surgiram as primeiras evidências de que a história apresentada pelo marido de Edna não era verdadeira, já que as roupas dela, assim como as maquiagens e joias estavam todas no lugar. Nada teria sido levado para a viagem. Conforme as investigações, depois de alguns dias do desaparecimento, o homem teria pedido aos vizinhos que apagassem as imagens de câmeras de segurança.
Diante do inquérito, foi realizado um pedido de prisão temporária do suspeito, que agora é investigado por homicídio e fraude processual.
Ao ser preso, o homem negou os fatos, mantendo a versão inicial. A suspeita é de que o marido teria cometido um crime por conta de um pedido de divórcio por parte da esposa. Ele permanece preso.