
Casal disse não saber que a adoção era ilegal; eles devolveram o menino depois de suspeitar de irregularidades no processo
De acordo com a delegada do Núcleo de Proteção de Crianças e Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria), Raisa Vargas Scariot, um casal de Cascavel pagou um valor inicial de R$ 700 para adotar o menino paraguaio acolhido pelo Conselho Tutelar no dia 10 de outubro. Maria Conceição Queiroz, conhercida como ‘Maria Paraguaia’ está presa suspeita de itermediar a adoção ilegal.
“O casal já foi ouvido e disse não saber que a adoção era ilegal. Eles afirmam que devolveram a criança ao perceber que a situação era irregular”, disse a delegada.
Maria Conceição foi presa em flagrante por tráfico internacional de crianças. Foi ela quem acionou a polícia dizendo que o menino de 1 ano foi abandonado na rua da sua casa, no bairro Cascavel Velho. Na casa da suspeita estavam ainda uma menina de 9 anos, de origem paraguaia, e outra adolescente que não teve a identidade revelada. Assim como o menino, as duas também estão sob os cuidados do Conselho Tutelar.
A mulher nega as acusações e seu depoimento está sendo mantido sob sigilo.
O delegado da Polícia Federal Mário César Leal Júnior disse em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (25) que autoridades paraguaias estão sendo acionadas na tentativa de localizar a família biológica do menino.
“Vou encaminhar as informações que nós temos para autoridades do Paraguai e da Argentina, solicitar algumas diligências e esperar o resultado de lá”, explicou o delegado. Segundo ele, a Interpol também será acionada.
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