À polícia, o casal apresentou três versões diferentes para a morte do filho de apenas uma semana de vida
Um casal de haitianos que vive no Brasil está sendo investigado pela morte de um bebê recém-nascido, filho deles, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. João Woody Joachin, de 28 anos, e sua mulher, Bertina Milien, de 22, foram presos em flagrante na manhã de sexta-feira (18) e continuam detidos em Blumenau. O bebê tinha apenas uma semana de vida.
De acordo com o delegado Davyd de Oliveira Girardi, responsável pelo caso, o corpo da criança foi encontrado na tarde de quinta-feira (17) enterrado às margens de um rio no bairro Garcia, em Blumenau. “O bebê tinha um lençol amarrado no pescoço e os médicos legistas confirmaram que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento”, detalhou o delegado.
O casal teria procurado uma unidade de saúde da cidade para informar a morte do filho, mas estavam sem o bebê. O Conselho Tutelar foi acionado e conduziu o casal até a delegacia. No local, a mãe da criança disse que o bebê havia morrido no domingo (13), mas a Polícia afirma que pelo estado do corpo, a morte aconteceu entre terça (15) e quarta-feira (16).
O casal apresentou três versões diferentes para o caso. Um interprete de língua francesa foi chamado para ajudar no depoimento do casal, que está no Brasil a menos de um ano. Primeiro a mulher disse o bebê passou mal e, depois da morte, o casal entregou o corpo a um motorista que passava em frente à casa deles. Joachin confirmou a versão da mulher e os dois disseram que, no Haiti, é um costume dar o corpo de um filho morto para outra pessoa enterrar.
Depois, o pai afirmou que a mulher não queria ter a criança e matou o filho para poder trabalhar. Segundo o delegado, o homem disse que não estava em casa na hora da morte. Já a mãe da criança, manteve a versão de que o bebê passou mal, mas disse que foi o marido quem enterrou o corpo.
Sobre o lençol enrolado no pescoço do bebê, a mulher disse que isso também é um costume no Haiti, para que a mulher possa ter outros filhos. Segundo o delegado, o interprete já morou no Haiti e disse desconhecer este costume.
Segundo a Polícia Civil o inquérito deve ser concluído em 10 dias.