Curitiba - Um casal foi indiciado nesta quinta-feira (26) por homicídio culposo pela morte de bebê em uma creche clandestina, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Os dois são responsáveis pelo local onde a criança morreu no dia 19 de maio. Relembre a história.

De acordo com a Polícia Civil, o casal suspeito da morte do bebê na creche clandestina não tinha histórico criminal. Contudo, o delegado Fabiano Oliveira acredita que eles agiram com imprudência, ao aceitar um número excessivo de crianças, e com negligência, pela supervisão inadequada do bebê, que em razão da sua idade demandava atenção e vigilância constantes.
“Embora não houvesse intenção de causar a morte, a conduta culposa do casal foi determinante para o desfecho e, diante dos fatos apurados, ambos foram indiciados pela prática do crime de homicídio culposo, previsto no Código Penal, que ocorre quando não há a intenção de matar”, explicou.
Além disso, os investigadores descobriram que os responsáveis receberam visitas da Vigilância Sanitária e do Conselho Tutelar, em 2022 e 2023, após denúncias. Com a conclusão do inquérito, o processo foi encaminhado para o Ministério Público do Paraná.
Relembre o caso do bebê morto em creche clandestina
O incidente com o bebê de aproximadamente três meses e meio aconteceu no dia 19 de maio. Conforme a polícia, a criança frequentava o local há 10 dias e foi deixada sob cuidados do casal pela manhã. Por volta das 10h, a criança foi alimentada com mamadeira e colocado para arrotar. Em seguida, o pequeno foi deixado em uma cama dormindo.

Depois disso, entre 10 a 15 minutos depois, o responsável da creche encontrou a criança sem sinais de vida. O socorro foi acionado e as tentativas de salvar a vida do bebê leveram 50 minutos.
“As investigações apontaram que a creche operava clandestinamente há cerca de 12 anos. No dia dos fatos, devido ao fechamento de creches e escolas públicas da região para reuniões de professores, o local permaneceu com um número excepcional de crianças, aproximadamente 20, de diversas idades”, destaca o delegado.
Além do indiciamento, Oliveira determinou o envio de ofícios à Administração Regional do Tatuquara, à Secretaria Municipal de Educação de Curitiba e à Prefeitura do Município. O objetivo é alertar para os riscos do fechamento simultâneo de unidades educacionais e solicitar que, em situações excepcionais, seja adotado um regime de revezamento, visando não prejudicar a prestação de serviço à população da região.
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