Casal dizia que estava participando de uma feira de produtos internacionais em um shopping e alegava que não podia retornar para a Europa com toda a mercadoria

Policiais civis da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (DELCON), prenderam no Centro de Curitiba, nesta quinta-feira (23), José Paulo da Conceição Prudêncio, 44 anos e Verônica Vieira Cardoso, 39, suspeitos de aplicar vários golpes em todo o estado do Paraná entre eles o “golpe do português”.

De acordo com informações, o casal agia em Curitiba dizendo que estava participando de uma feira de produtos internacionais em um shopping da cidade e alegava para as vítimas que não podia retornar para a Europa com toda a mercadoria, devido o alto valor em tributos que pagariam e que, por isso, estava fazendo uma queima total no estoque.

Segundo o delegado-chefe da Delcon, Guilherme Rangel, o “golpe do português” é muito conhecido entre os golpistas e destaca algumas das características que são usadas pelos criminosos. “Os suspeitos geralmente trabalham em duplas e têm sotaque europeu, na maioria das vezes português ou italiano, andam em carros de luxo, bem-vestidos passando uma boa aparência, são geralmente educados e carismáticos, usando sua condição de estrangeiro para tentar produzir uma situação de legitimidade”, afirma.

As investigações apontaram ainda que o casal vendia diversos produtos falsificados por valores baixos. Prudêncio se identificava como “O rei do bacalhau”, de Lisboa, já que o suspeito tinha nacionalidade portuguesa. Verônica é natural do Rio de Janeiro, porém seu sotaque é bem puxado

“Na maioria dos casos oferecem produtos de grife que foram supostamente expostos em feiras e justificam o fato de baterem em portas alegando que foram indicação de amigos, os produtos mais vendidos são ternos, malas e canetas”, lembra o delegado.

A polícia apreendeu diversos produtos, entre eles, máquinas de cartão de crédito, várias canetas, malas de marca, jaquetas de couro que supostamente eram italianas, além de um faqueiro, que era vendido por R$ 8 mil como um conjunto de peças de ouro da Alemanha.

Os suspeitos foram encaminhados à delegacia para as providências necessárias.