Casal suspeito de envolvimento na morte de Amanda Albach é solto, diz polícia
A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (PCSC) informou por meio de nota, nesta segunda-feira (6), que dois suspeitos de envolvimento na morte da jovem Amanda Albach foram soltos. De acordo com a instituição, o casal foi liberado pois não houve comprovação direta em relação ao crime.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi favorável à soltura da dupla. Entre os liberados está uma moça que era amiga de Amanda e o irmão dela. Somente o indivíduo apontado como atirador permanece detido.
Os três mandados de prisão temporária foram emitidos no dia 2 de dezembro. Os suspeitos foram encontrados em Canoas, no Rio Grande do Sul, e na sequência encaminhados para Laguna, em Santa Catarina.
Entenda o Caso Amanda Albach
Na última vez que Amanda Albach foi vista com vida, ela participava de uma festa em Jurerê Internacional, bairro nobre da capital catarinense, no dia 14 de novembro. Na noite de 15 de novembro, por volta das 20h30, ela mandou uma mensagem para a família, informou que retornaria para casa com um carro de aplicativo e chegaria durante a madrugada.
Com o passar das horas e a falta de contato de Amanda, familiares registraram o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na Delegacia de Fazenda Rio Grande. À polícia, a mãe da garota informou que ela havia relato que iria viajar para aproveitar o Feriadão da Proclamação da República na casa de uma amiga e participar da festa.
Quase dez dias após o sumiço, em 23 de novembro, a RICtv conseguiu contato com o casal Daiane e Douglas – que chegou a ser preso, mas ela já foi liberada – que havia hospedado Amanda em sua residência localizada na divisa entre Imbituba e Laguna. Os dois haviam ficado incomunicáveis nos dias seguintes ao sumiço da jovem. Na ocasião, Daiane declarou que seu celular quebrou e somente por isso ninguém conseguia entrar em contato com ela.
Além disso, Daiane ainda confirmou que esteve com o namorado, um cunhado e Amanda na festa, que todos retornam para casa e no dia 15 pela manhã, ela deixou a paranaense em uma rua de Imbituba, onde ela havia marcado para pegar o carro de aplicativo.
“Ela chegou no sábado a noite e domingo de manhã a gente se arrumou para ir para a festa, domingo a noite a gente retornou para casa e segunda-feira de manhã ela foi embora. […] A gente se deu tchau e ela ficou lá num ponto, num mercado, onde os carros pegam os passageiros. Como eu tinha compromisso, eu deixei ela lá e ela ficou aguardando”,
disse Daiane.
Uma outra amiga que encontrou Amanda durante a festa também conversou com a RICtv, segundo a jovem identificada apenas como Beatriz, a vítima estava se relacionando com o cunhado de Daiane. “A gente não conversou nada profundamente, coisas comuns. Ela estava acompanhada da Daiane, Douglas e o irmão do Douglas, que supostamente estava se relacionando com a Amanda naqueles dias”, contou Beatriz.
Durante a investigação, a Polícia Civil de Santa Catarina colheu os depoimentos de Daiane, Douglas e do irmão e identificou “incongruência em falas”. Em 2 de dezembro, o trio foi preso em Canoas, no Rio Grande do Sul. Um dia depois, um deles apontou o lugar onde havia enterrado o corpo de Amanda, a vítima foi encontrado em uma cova rasa na praia.
Amanda Albach da Silva foi sepultada no Cemitério Municipal de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, no fim da manhã deste domingo (5).