O desaparecimento de Adrian Rocha, de 17 anos, completa seis meses neste domingo (16). O jovem morava com a família em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ainda não se tem pistas de onde o corpo está localizado.

Os suspeitos pelo crime são Erik Vinicius Izidoro Rosa, preso e identificado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como “Mano XK”, uma das pessoas em que Adrian cita no vídeo enquanto era sequestrado. O outro suspeito em que o adolescente também menciona no registro é o “Mano Abel”, identicado como Cristian Pavlak, que está foragido.
Relembre o caso
Segundo o Cidade Alerta Curitiba, da RICtv, em 16 de agosto do ano passado, no dia do desaparecimento, Adrian informou à mãe que iria à casa de um amigo, mas não retornou. A mãe do jovem mandou mensagem à ele, dizendo: “Te amo, volta pra casa”. No entanto, a resposta chegou em quatro dias depois com apenas duas palavras: “Cárcere privado”.
Em um boletim de ocorrência, a mãe de Adrian relatou que a namorada do jovem recebeu mensagens com visualização única, nas quais ele afirmava ter sido sequestrado por envolvimento com tráfico de drogas. Os vídeos que chegaram à família mostram o adolescente sendo ameaçado com armas de fogo e confessando ter traficado em uma área dominada pelos sequestradores.
“Por que você está sendo cobrado, malandro?”, pergunta um dos suspeitos à Adrian. A vítima responde: “Porque eu entrei para a vila de vocês”. Novamente, o suspeito faz uma pergunta: “E o que você estava fazendo?”. Adrian conclui: “Tava traficando”.
Adolescente cita apelido dos sequestradores
Em outro vídeo, o adolescente chega a citar os apelidos dos supostos sequestradores. Logo em seguida, afirma que será morto.
“Tô aqui com o mano XK e com o mano Abel. Eles são zika, os caras representam, irmão”, diz o jovem. Segundos depois, o suspeito pergunta para Adrian o que vai acontecer e se ele irá morrer, a vítima responde: “Vou morrer, mano”. O vídeo termina com o suspeito agredindo o jovem com uma arma na cabeça.

Em entrevista ao Cidade Alerta Curitiba, uma pessoa próxima à família da vítima relatou que estão em busca de informações sobre o jovem.
“A gente não tem ideia do que está acontecendo. Só queria saber se ele está bem, se está vivo. A gente precisa de informações, esclarecer isso, porque está todo mundo desesperado. Muito difícil, para toda a família, os amigos e para quem estava próximo, quem conhece o Adrian, sabe que é um menino bom, tem um coração enorme. Só queremos saber onde o Adrian está”, disse.
A Polícia Civil de São José dos Pinhais continua investigando o caso, ouvindo testemunhas e familiares para apurar o desaparecimento. No entanto, família de Adrian pede por agilidade nas investigações.
Ex-namorada de suspeito afirma que Erik é o ‘Mano XK’
Durante um depoimento, a ex-namorada de Erik Vinicius Izidoro Rosa, principal suspeito pelo desaparecimento de Adrian Rocha, de 17 anos, afirmou que o suspeito é realmente o “Mano XK”. O outro suspeito, Cristian Pavlak, está desaparecido.
Erik chegou a afirmar em depoimento que ele não era o “Mano XK”, e que estaria trabalhando no momento do crime. No entanto, há contradições no depoimento da ex-namorada ao ser perguntada se ela sabia o apelido do suspeito.
“Era XQ, alguma coisa parecida. Ele dizia trabalhar como DJ antes de eu descobrir as coisas, mas o apelido dele era XQ, XK, sei lá”, informou a ex-namorada.
Além disso, o pai de Erik também relatou que nunca soube com o que o filho trabalhava e que não pode afirmar se o suspeito estava trabalhando ou não.
Ossada encontrada não é de Adrian
Segundo informações apuradas pela RICtv, a ossada encontrada no dia 19 de novembro de 2024 na BR-116, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), não é de Adrian.
Na época, tinha se levantado a suspeita de que os restos mortais eram do Adrian, inclusive a mãe do jovem chegou a apontar algumas semelhanças. No entanto, conforme o Instituto de Criminalística, da Polícia Científica do Paraná, a ossada é de uma mulher.
Veja a última reportagem sobre o caso Adrian:
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