Cristiana Brittes, esposa de Edson Brittes, pode ir a júri popular pelo crime de homicídio qualificado contra o jogador Daniel Correa Freitas. A possibilidade ganhou força depois que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) recorreu, nesta quinta-feira (12), da decisão da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Enquanto a decisão é analisada, nada muda na prática. Segundo a sentença de pronúncia da juíza Luciani Martins de Paula, que foi publicada em 28 de fevereiro, ficou determinado que Cristiana fosse a júri pelos crimes de fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo, mas não por homicídio qualificado.

O júri ainda não tem data para acontecer. Dos sete réus envolvidos no caso, a sentença da juíza determinou apenas que Edison Brittes, David William Silva, Ygor King e Eduardo da Silva fossem a júri pelo homicídio. Evellyn Brisola Perusso responde por fraude processual e Cristiana e Allana Brittes, sua filha, pelos três crimes já citados (fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo).

A defesa técnica de Cristiana Brittes disse que recebe com naturalidade o recurso do MP-PR. Segundo a nota, a defesa está tranquila “quanto a robusta produção de prova que levou a Justiça a impronunciar Cristiana da injusta acusação de homicídio”.

O jogador Daniel foi assassinado em outubro de 2018, depois de uma continuação da festa de aniversário de Allana, na casa da família Brittes. O corpo foi encontrado, com o órgão sexual mutilado, na área rural de São José dos Pinhais. Conforme o relato de Edison Brittes, o crime aconteceu porque Daniel tentou estuprar Cristiana.