Gravidez precoce apresenta riscos maiores à saúde da mãe e da criança (Foto: Pixabay)

Ainda não se sabe quem é o pai da criança, que pode ser revelado nesta sexta-feira (24)

Um episódio bastante peculiar ocorreu esta semana em Ponta Grossa. A mãe de uma menina de 11 anos registrou Boletim de Ocorrência porque a filha está grávida de dois meses. 

O veículo local A Rede preservou o nome e o bairro dos envolvidos, política também adotada pelo RIC Mais.

A mãe teria registrado B.O. porque gostaria que a menina realizasse um aborto, o que é permitido em caso de estupro. No caso, não há, por enquanto, nenhuma suspeita de que houve abuso, mas o artigo 217 considera “estupro presumido” o fato de se “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”.

A menina disse que revelará o pai da criança apenas para o padrasto, que é caminhoneiro, está viajando e retorna a Ponta Grossa amanhã (24). A delegada do caso, Ana Paula Cunha Carvalho, afirmou ao RIC Mais que já foi feito contato com o homem e ele comparecerá à delegacia. A menina ainda não foi oficialmente ouvida.

Suspeita-se que o pai da criança também seja menor de idade, até mesmo um colega da escola. A idade do envolvido afeta diretamente o caso – há diferentes caminhos jurídicos caso ele tenha menos de 12 anos, entre 12 e 14 ou mais de 15. 

Para A Rede, a mãe da criança afirmou que a filha vem “mantendo a sua rotina normalmente, inclusive indo para a escola”, e que “não tem a noção exata do que está acontecendo”.

O Brasil está em 49o lugar em uma lista de gravidez precoce em 213 países. Dados de 2011 mostram que 25 mil meninas de 10 a 14 anos ficaram grávidas naquele ano.

A gravidez precoce tem riscos maiores de aborto esponâneo, nascimento prematuro, má nutrição e menor desenvolvimento do feto.