Ponta Grossa - Novas informações podem ajudar a esclarecer o desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, no Paraná. A Polícia Civil anunciou que investigará relatos recentes sobre o possível paradeiro da jovem, de 17 anos, que desapareceu enquanto estava grávida, em junho de 2024. Dependendo da veracidade dessas informações, um novo inquérito poderá ser aberto, segundo informações apuradas pelo Portal Banda B.

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Ísis estava grávida do vigilante (Foto: arquivo pessoal)

O principal suspeito do crime, Marcos Vagner de Souza, teria encontrado Isis pouco antes de seu sumiço, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. Ele já responde na Justiça pelo assassinato da jovem, mesmo sem o corpo ter sido localizado. A investigação concluiu que Marcos não aceitava a gravidez e tentou convencer Isis a abortar. Durante as apurações, a Polícia Civil reuniu 36 depoimentos, além de analisar mensagens e imagens de câmeras de segurança que reforçam essa linha de investigação.

O Ministério Público do Paraná solicitou que o réu fosse submetido a julgamento no Tribunal do Júri, pedido aceito pelo juiz João Batista Spanier Neto. A data do julgamento ainda não foi definida. Marcos responderá por homicídio qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e aborto sem consentimento da gestante.

Agora, com novas pistas surgindo, a polícia pretende aprofundar as buscas na tentativa de localizar o corpo de Isis e trazer novas respostas para o caso.

Carta enviada por vigilante pode ser falsa, diz polícia

A Polícia Penal afirmou nesta segunda-feira (31) que a suposta carta enviada por Marcos Vagner de Souza, réu pelo desaparecimento de Ísis Vitória Miserski, não saiu da unidade prisional, portanto, não pode ser confirmada como verdadeira. O vigilante está preso desde julho de 2024, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. 

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Ísis está desaparecida desde o dia 6 de junho, quando se encontrou com Marcos Wagner (Foto: Redes Sociais/PCPR)

A mensagem foi endereçada ao apresentador Matheus Furlan e ao repórter Ricardo Vilches. No texto, Marcos explica sua situação como réu primário e afirma que não tem vínculo com facções criminosas. Ele também ressalta que é pai e que tem defesa jurídica constituída.

“Durante todo o processo do ‘Caso Isis’, tenho alegado que sou ‘inocente’ e que não há prova concreta das acusações contra mim imputadas, que as denúncias foram fabricadas por pessoas com vínculo familiar e agindo com sentimento e forte emoção”, escreveu o acusado na carta.

Além disso, Souza se queixa de estar sendo vítima de xenofobia e afirma que a imprensa o persegue, alegando que não há evidências que o liguem ao assassinato e desaparecimento de Isis.

“Me sensibilizo com a dor da família e sinto muito que a dona Flávia Mizerski, a qual eu respeito muito, não esteja com a sua filha, mas eu também sou pai e não mereço pagar por uma coisa que eu não fiz”, acrescentou ele. “[…] Gostaria de ficar próximo a meus filhos, pois aguardo algum tipo de sentença e nesta unidade prisional não tenho possibilidade de convívio e me encontro em regime de solitária”, completou Souza.

A defesa de Marcos Vagner confirmou ao programa Balanço Geral que o pedido de transferência foi protocolado oficialmente, mas até o momento não houve resposta da Justiça sobre a solicitação.

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