Caso Leandro Bossi: Polícia Científica diz que não tem ossada completa do garoto
A Polícia Científica do Paraná confirmou nesta segunda-feira (13) que não tem a ossada completa do garoto Leandro Bossi, que desapareceu em fevereiro de 1992, em Guaratuba, no litoral do Estado. Na sexta-feira (10), em uma coletiva, houve a confirmação de que uma ossada encontrada em 1993 tem material genético 99% compatível com o do menino, que tinha sete anos à época.
Em nota, a Polícia Científica informou que custodiou, nos últimos 30 anos, fragmentos ósseos do corpo. “Atualmente, o procedimento legal determina que se mantenha custodiada a cabeça do fêmur para análises forenses”, disse.
A ossada compatível é a mesma que, em 1993, foi considerada como sendo de uma menina. A polícia não explicou, no entanto, o que foi feito com os restos mortais do garoto.
Em relação ao erro no laudo de 30 anos atrás, a polícia informou que “com a tecnologia disponível naquele momento, não há como exigir maior precisão”.
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Solução para outros casos
Junto com esses fragmentos, foram enviados para análise outros – totalizando oito – que são relacionados a três casos de desaparecidos dos anos 1990. Com isso, outros dois casos podem estar próximos de uma solução.
“Até o momento temos o resultado de apenas um fragmento. É importante aguardar o processamento de todas as amostras da Campanha Nacional de Desaparecidos. Vários casos poderão ser solucionados pela Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos”,
afirmou a polícia.
Ainda de acordo com a polícia, a Campanha Nacional de Desaparecidos prevê na primeira fase o processamento de restos mortais não identificados e, na segunda, o processamento de material genético de pessoas vivas. “Todos os restos mortais não identificados estão sendo processados”.