O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 24ª Promotoria de Justiça de Londrina, denunciou por homicídio culposo dois médicos envolvidos no caso do Nycolas Dias, nesta segunda-feira (1º). O jovem morreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Londrina, no norte do estado, em outubro de 2023.
Segundo as apurações do caso do Nycolas Dias, a morte da vítima foi ocasionada por erros médicos dos dois denunciados. Eles teriam agido de “forma imperita, inobservando regras técnicas da profissão, e de forma imprudente, com falta de cuidado objetivo, e de forma negligente, deixando de tomar conduta que era esperada pela situação, deixando de prever o resultado lesivo que lhe era previsível”.
Além do crime de homicídio culposo, os médicos também foram denunciados por falsidade ideológica. Eles forneceram informações inverídicas sobre a causa da morte do paciente e sobre os procedimentos que haviam sido realizados. O processo tramita sob sigilo.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que os médicos não são servidores do quadro efetivo da Prefeitura de Londrina e atuavam por meio de empresas credenciadas. Foi solicitada a suspensão deles após o caso do Nycolas Dias e, na época, uma comissão foi criada para realizar um relatório médico sobre o atendimento. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Sobre o caso do Nycolas Dias
Segundo a denúncia do MPPR, o jovem teria procurado a UPA em março de 2023 e recebeu o diagnóstico de pneumotórax. Meses depois, em outubro, buscou novamente a unidade com queixas de dor ao respirar. O rapaz foi medicado e recebeu alta após melhora nos sintomas, tendo uma nova piora no dia seguinte. Os dois médicos denunciados atenderam a vítima e cometeram equívocos quanto ao diagnóstico, não procedendo ao tratamento correto. Nycolas morreu durante a tarde.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui