Curitiba - O homem acusado de matar a ex-esposa Odara Victor Moreira, de 29 anos, a facadas dentro do apartamento onde viviam, no bairro Portão, em Curitiba, foi identificado como Lucas Souza. O crime ocorreu na madrugada do último sábado (13) e é investigado pela Polícia Civil como feminicídio.

colagem com fotos de Odara Victor Moreira e seu ex-marido Lucas Souza
Odara foi morta três dias antes do aniversário (Foto: Redes sociais | Banda B)

Ex-marido diz que Odara o atacou enquanto dormia

De acordo com a Banda B, a defesa de Lucas Souza sustenta que Odara teria iniciado o ataque. A versão foi apresentada em nota divulgada pelo escritório do advogado Cláudio Dalledone Júnior, responsável pela defesa do investigado.

De acordo com o advogado, Lucas e Odara mantiveram um relacionamento por cerca de cinco anos e estavam separados havia aproximadamente dois meses, embora ainda residissem no mesmo imóvel. Na noite do crime, segundo a defesa, Odara teria chegado à residência acompanhada de outro homem, o que teria provocado uma breve discussão entre o ex-casal após a despedida na porta do apartamento.

Ainda conforme a nota, horas depois, Lucas teria sido surpreendido enquanto dormia. “Mais tarde, muito tempo depois, inesperadamente, Lucas foi atacado a facadas enquanto dormia”, afirmou Dalledone.

A defesa relata ainda que, após o ocorrido, Lucas acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e realizou manobras de primeiros socorros na tentativa de salvar Odara. Ele também teria sido ferido com golpes de faca, foi hospitalizado e, após receber alta, prestou depoimento à polícia.

“Nos solidarizamos com a família da vítima. Ao mesmo tempo, é essencial aguardar a prova técnica. A defesa vai colaborar com a investigação e demonstrar, com elementos objetivos, a dinâmica do ocorrido, sem julgamentos antecipados”, defendeu o advogado do suspeito.

Família de Odara não aceita versão de legítima defesa do ex-marido

Segundo a família, Odara tinha um físico mais franzino, distribuído em 1,43 de altura. Já o ex-companheiro era, de fato, mais alto: 1,65. “A gente não consegue entender o que aconteceu. Nós não temos resposta para essa crueldade”, disse Kaleb, cunhado de Odara.

“Não faz sentido”, disse a pedagoga Deise Moreira, irmã de Darinha, como ela era carinhosamente chamada no convívio familiar. “Darinha era uma menina pequena, e ele, enorme, alto, ela não ia conseguir fazer nada com ele”, completou Deise, que conversou com a reportagem da Ric RECORD.

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Jessica Ibrahin

Repórter

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.