Curitiba - O Ministério Público do Paraná (MPPR) entendeu que Odara Victor Moreira foi vítima de feminicídio, atribuído ao ex-companheiro. O órgão denunciou Lucas Cherobim Ferreira de Souza pelo crime, ocorrido na madrugada de sábado (13), em um apartamento localizado na Avenida República Argentina, no bairro Água Verde, em Curitiba.

Segundo a denúncia do MPPR, o acusado teria agido com intenção de matar, motivado por um sentimento de posse em relação à vítima, o que caracteriza motivo torpe. O crime foi cometido com o uso de uma arma branca, e Odara foi atingida por diversos golpes.
Orada Moreira foi atacada de forma cruel, segundo MPPR
De acordo com o laudo de necropsia, Odara Victor Moreira morreu em decorrência de hemorragia aguda causada pelas lesões. O Ministério Público aponta que a ação foi marcada por extrema violência, configurando o uso de meio cruel, já que a vítima teria sido atacada de forma contínua.
“Lucas agiu com extrema violência e crueldade, tendo causado sofrimento desnecessário à vítima Odara Victor Moreira, ao golpeá-la contínua e reiteradamente com a referida arma branca, em várias regiões do corpo”, disse o MPPR
A denúncia enquadra o crime como feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe e meio cruel, conforme previsto no artigo 121-A do Código Penal. O caso também se enquadra na Lei dos Crimes Hediondos.
MPRR pede que acusado pague danos morais à família de Odara
Além da condenação criminal, o MPPR pede que, em caso de sentença condenatória, seja fixado o valor mínimo de R$ 30 mil como indenização por danos morais, a ser destinado à família da vítima.
Lucas Souza se defende de acusação de matar ex-mulher
A defesa de Lucas Souza sustenta que Odara Victor Moreira teria iniciado o ataque, versão foi apresentada em nota divulgada pelo escritório do advogado Cláudio Dalledone Júnior, responsável pela defesa do investigado.
Segundo o comunicado, na noite do crime, Odara teria chegado à residência acompanhada de outro homem, o que teria provocado uma breve discussão entre o ex-casal após a despedida na porta do apartamento. Ainda conforme a defesa, horas depois, Lucas teria sido surpreendido enquanto dormia, sendo atacado com golpes de faca.
Família de Odara não aceita versão de legítima defesa do ex-marido
Segundo a família da vítima a versão de Lucas não faz sentido, já que Odara tinha um físico mais franzino, distribuído em 1,43 de altura. Já o ex-companheiro era mais alto: 1,65. “A gente não consegue entender o que aconteceu. Nós não temos resposta para essa crueldade”, disse Kaleb, cunhado de Odara.
Após a denúncia do MPPR, o processo seguirá o rito do Tribunal do Júri, e o acusado deverá ser citado para apresentar defesa. Testemunhas indicadas pelo Ministério Público serão intimadas para prestar depoimento durante a instrução processual.
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