No final da tarde desta quinta-feira (19), a identificação do suspeito do Caso Rachel Genofre foi divulgado. Com a integração de dados do Paraná, São Paulo e Brasília, Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, foi identificado.

Em 11 anos de investigação, dois retratos falados foram feitos na tentativa de esclarecer o caso Rachel Genofre. Confira as imagens!

  • Primeiro retrato falado é divulgado dois dias após crime

Dois dias depois da morte da criança, o primeiro retrato falado do caso foi divulgado. No dia sete de novembro de 2018, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) declarou que o suspeito teria mais de 50 anos, pele morena clara, olhos claros e cabelo curto negro ou castanho.

Além disso, a descrição de um comerciante -que vendeu uma mala semelhante a que o corpo foi encontrado- o suspeito teria cerca de 1,68 metro de altura e 70 quilos.

  • Segundo retrato falado é divulgado após ‘possíveis erros’

Um novo retrato falado foi divulgado em 2013, depois que novas testemunhas foram ouvidas. Desta vez, o retrato falado pontuava que o homem teria, aproximadamente, 40 anos, cabelo levemente grisalho, pele branca e olhos claros.

Na época, o delegado que cuidava do caso -Rubens Recalcatti- disse que a nova imagem havia sido divulgada por possíveis erros no outro retrato falado. “Naquela época, a exigência de uma resposta era muito rápida e quem fez o retrato estava muito nervoso e acabou fornecendo dados diferentes”, disse o delegado para uma rádio de Curitiba.

  • Polícia identifica o verdadeiro assassino

Em 2008, Carlos Eduardo dos Santos tinha 43 anos e morava próximo da escola onde Rachel Genofre estudava. Ele trabalhava em São José dos Pinhais como porteiro e fazia um trajeto muito semelhante ao da menina todos os dias.

Diferente dos dois retratos falados, Santos possuí olhos escuros e as sobrancelhas bem marcadas. Santos está preso desde 2016 na Penitenciária 2 da Comarca de Sorocaba, após ser condenado a 22 anos de reclusão.

Ele responde pelos crimes de estelionato e adultério, além de ser acusado de estupro.  Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), o primeiro crime cometido pelo homem foi registrado em 1985 –treze anos antes da morte da estudante– por abuso sexual.

  • Crime

Rachel Genofre desapareceu no dia três de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba. A criança foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.

O corpo foi encontrado na madrugada do dia cinco de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a menina foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia.