Curitiba - O humorista Marcelo Alves dos Santos e o filho, Dhony de Assis, foram denunciados nesta segunda-feira (23), pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pela morte da miss Raíssa Suellen.

Segundo apuração do produtor da RICtv Pedro Neto, Marcelo foi denunciado pela 6ª Promotoria de Crimes Dolosos Contra a Vida de Curitiba pelos crimes de feminicídio majorado, com as qualificadoras de dificultar a defesa da vítima e motivo torpe, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
Já Dhony foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
O humorista e o filho estão presos e podem responder aos crimes ainda detidos, caso a Justiça não determine a soltura dos dois.
Defesa do filho do humorista pede ‘relaxamento da prisão’ após denúncia
A defesa de Dhony de Assis pediu ‘relaxamento da prisão’ após o filho do humorista não ser denunciado pelo MP-PR pelo crime de feminicídio.
“Ele não foi denunciado pelo crime de feminicídio, o que representa, na avaliação de sua defesa, um reconhecimento claro de que não participou do homicídio”, pontua a nota assinada pelo advogado do denunciado, Caio Percival.
Percival ainda argumenta que a manutenção da prisão temporária do seu cliente perde completamente a razão de ser diante da nova configuração da denúncia.
“O Ministério Público optou por não denunciar Dhony pelo crime de feminicídio, e isso muda totalmente o cenário. A prisão foi decretada em um contexto investigativo de homicídio qualificado, mas agora a própria acusação afasta essa hipótese. Portanto, não se justifica mais manter Dhony preso temporariamente por algo que o próprio MP já descartou formalmente”, afirma Percival.
A defesa de Dhony pediu o imediato ‘relaxamento da prisão’ ao denunciado e pontua que ele ficará à disposição para colaborar com a Justiça.
“Ele jamais teve intenção de ocultar crime algum, tampouco participou de qualquer plano. Sua conduta está restrita a atos posteriores, em contexto que ainda será melhor esclarecido. Mas é fato: ele não matou, não participou da morte e não pode continuar preso como se tivesse”, conclui o advogado”, finalizou Percival.
Raíssa Suellen é morta após pegar carona com humorista

De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, Raissa da Bahia veio para Curitiba com a ajuda de Marcelo. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar.
Além disso, a reportagem apurou com pessoas próximas à menina que houve desentendimentos e ciúmes por parte da namorada do filho do comediante. Raissa conseguiu alugar um novo apartamento e foi morar com algumas amigas.
As amigas alegaram que a Raissa recebeu uma proposta para trabalhar em Sorocaba, no interior de São Paulo. Para as amigas, a jovem confessou que a proposta foi feita por Marcelo.
Assim como Raissa Suellen, o humorista também é de Pedro Afonso (BA), mas estava na capital do Paraná há pelo menos 10 anos. Para a jovem, o comediante era um homem confiável.
Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.
Conforme a delegada Aline Manzatto, da PCPR, o humorista disse que estrangulou Raíssa com um objeto conhecido como “enforca gato”. Depois disso, ele enrolou o corpo da moça em uma lona e ligou para o filho.
O comediante ainda disse que o rapaz ficou desesperado, tentando convencer o pai a se entregar. Posteriormente, o humorista colocou o corpo de Raíssa no carro e o teria deixado em algum lugar em Araucária.
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